Cooperativas de guaraná e açaí beneficiadas com redução de IPI
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Cooperativas extratoras e produtoras de guaraná e açaí deverão ser as principais beneficiadas com a publicação do decreto presidencial ocorrido, dia 20 de maio, que reduz em 50%, a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), nos extratos concentrados de ambos os frutos, para a fabricação de refrigerantes.
O decreto também diminui para 25% o IPI dos extratos concentrados de outras frutas, para a produção de refrigerantes.A publicação, assinada igualmente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um recurso que tem o objetivo estimular a produção e fomentar o investimento para melhoria da produtividade dos setores.A medida deve beneficiar milhares de famílias amazonenses, organizadas em cooperativas ou associações, que atuam na produção de guaraná e açaí no Estado.
De acordo com o senador amazonense e líder do governo, Eduardo Braga, o valor de mercado do produto teve alta de 450% na região de Maués, maior produtora do Estado, entre 2003 e 2009.“No início, a indústria do guaraná pagava aos produtores cerca de R$ 2 pelo quilo do produto. Com os fomentos concedidos através dos programas de sustentabilidade, o preço mínimo passou a ser de R$ 8,00”, explicou o senador.
Para o diretor financeiro da Agrofrut (Cooperativa Agrofrutífera dos Produtores de Urucará), Matheus Garcia, as expectativas para a próxima safra do guaraná, agora, com a assinatura do decreto, são as melhores possíveis.
“Com certeza, já a partir deste ano, poderemos colher os frutos desse benefício. Acredito que todos os 51 cooperadores poderão ter seu trabalho reconhecido”, afirmou.
Entre novembro e fevereiro, período de colheita do guaraná, mais de 50 toneladas do fruto foram extraídas. Desse total, 40 foram fornecidas à Recofarma e outras dez, para a Ambev. “Hoje em dia, comercializamos o quilo do guaraná a R$ 20,00. Quem sabe, em vez de repassar o valor dos impostos ao governo, esse percentual, até então, do IPI, possa fazer com que o quilo seja vendido a R$ 25,00 ou R$ 30,00?”, finalizou-se o diretor financeiro.
A publicação do decreto presidencial ocorreu quase que simultaneamente ao anúncio da Coca-Cola, que deve produzir bebida elaborada com açaí.
(Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM)
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