Cooperativas de trabalho e transporte se mobilizam contra decreto
Na última quinta-feira, 6, foi realizada uma plenária com dirigentes do cooperativismo de trabalho e transporte para deliberar sobre as ações discutidas nos três grupos que se formaram por conta da publicação do Decreto nº 55.938, do governador de São Paulo, Alberto Goldman, em 21 de junho, que impede a participação das cooperativas de trabalho e de transporte em licitações de órgãos públicos da administração direta e indireta.
Há cerca de um mês, foram formados três grupos para definir ações em três frentes: jurídica, institucional e mobilização. A reunião dos cooperados na última quinta-feira, na sede da Uniodonto, em São Paulo, teve objetivo de deliberar as propostas apresentadas.
A Ocesp, que apoia o movimento, atuando via relações institucionais e políticas, estabeleceu uma série de contatos com o governo paulista por meio dos deputados e vereadores das frentes parlamentares do cooperativismo, para tentar sensibilizar a administração estadual a fim de reverter essa decisão, avaliada como injusta e ilegal pela instituição.
O presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, reuniu-se, ao lado de outros representantes do cooperativismo, com o chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Marrey, e o Secretário Estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Pedro Rubez Jehá, no dia 30. Na semana seguinte, Del Grande esteve novamente com o secretário, quando teve a oportunidade de apresentar o cooperativismo e o trabalho desenvolvido pelo Sistema Ocesp. Para tentar reverter a decisão, a Ocesp esteve no Tribunal de Contas do Estado, onde representantes da organização foram recebidos pelo presidente com o presidente do TCE, Fulvio Biazzi, e pelo secretário-geral da instituição, Sergio Ciquera Rossi.
A partir daí, uma série de outros encontros aconteceu, intensificando a negociação. Para os próximos dias, Del Grande agendou uma nova reunião com o governo. Dessa vez, para que os dirigentes das cooperativas prejudicadas possam expor seus pontos de vista. “Estamos juntos nessa luta. Temos todo interesse em resolver essa questão de modo tranquilo e rápido, pois cada dia que passa mais e mais cooperados estão sendo prejudicados. Estamos em constante negociação com o governo porque não podemos concordar com esse decreto que não é apenas injusto, mas é inconstitucional”, afirmou Del Grande.
Ao mesmo tempo, está em andamento a análise sobre possíveis ações jurídicas e sobre uma grande mobilização dos cooperados para despertar a atenção da sociedade. Segundo os integrantes do Movimento Força Cooperativista (http://www.forcacooperativista.com.br/), que nasceu da indignação causada pela publicação do decreto, se a decisão não for revogada serão exterminados mais de 17 mil postos de trabalho de uma única vez. O movimento é uma demonstração da união existente entre os cooperados que veem no decreto uma ameaça a todo o cooperativismo. (Fonte: Ocesp)
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