Cooperativas do Amazonas crescem com Programa de Regionalização da Merenda Escolar
Seiscentos mil alunos do Amazonas são beneficiados com uma merenda escolar composta por alimentos de alto valor nutritivo, produzidos por pequenos e médios agricultores do estado, organizados em cooperativas. Eles fornecem seus produtos ao Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).
A ideia é trocar os produtos industrializados vindos de outros estados por àqueles originários da região. “Assim, oferecemos aos alunos alimentos de maior qualidade e asseguramos mercado para os produtores rurais do estado, gerando emprego e renda, ou seja, mais desenvolvimento”, explica o diretor-presidente da ADS, Valdelino Cavalcanti.
Hoje, 54 cooperativas amazonenses estão ligadas ao programa, e essa participação veio com um convênio firmado entre a Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM) e a agência. Para fornecer alimentos ao Preme, elas precisam estar registradas na OCB-AM e cumprir com outras exigências como a participação em programas de capacitação e de formação, que são oferecidos pela organização estadual.
“Primeiramente, traçamos um plano de negócio participativo. Com a realização de oficinas, orientamos os produtores para a constituição das cooperativas, e ainda frisamos a importância da participação nas ações de capacitação e formação”, diz o presidente da OCB-AM, Petrucio de Magalhães Júnior.
A Cooperativa dos Produtores Rurais da Comunidade Sagrado Coração de Jesus do Paraná da Eva (Ascope), por exemplo, vende sua produção para o programa. “É ótimo ser um fornecedor. Ganhamos na valorização dos nossos produtos e na garantia de recebimento”, comenta o cooperado Ednaldo Soares.
Preme - O programa começou em 2004 e envolve hoje sete mil famílias de produtores locais. Presente em 39 cidades, o Preme atende 700 escolas do Amazonas. Até o final de 2011, a previsão é de que 46 tipos de alimentos façam parte das refeições nos colégios. Desde seu início efetivo, foram movimentados aproximadamente R$ 80 milhões.
O assunto também foi pauta na RádioCoop. Clique aqui e acesse a entrevista com o presidente da OCB-AM, Petrucio de Magalhães Júnior.
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