Cooperativas ficam de fora de medidas do governo

"As medidas anunciadas pelo governo na última terça-feira (12) para baratear a compra da casa própria deixaram as cooperativas habitacionais de fora. Essa é a conclusão do diretor do ramo habitacional da Ocesp, William Niscolo. Segundo ele, uma das medidas que poderia beneficiar as cooperativas, ou seja, a redução dos custos de alguns itens utilizados na construção civil, provocada pela redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - passou de 10% para 5% -, não surtirá grande impacto nas cooperativas. "Os produtos especificados, como chuveiros elétricos, revestimentos e sanitários causam pouco impacto no custo final de uma unidade habitacional, diante dos gastos que os cooperados têm com concreto, aço, cimento, por exemplo", ressalta.
        Em relação à liberação dos bancos do uso da TR (taxa referencial) no financiamento habitacional, ou seja, as instituições financeiras poderão fixar uma taxa de juros anual, sem necessidade de acréscimos da TR, também não há benefícios às cooperativas, porque são autofinanciáveis e não cobram juros de seus cooperados.
         Entre as medidas, volta a haver financiamento direto ao construtor pela Caixa Econômica Federal. A linha de crédito terá R$ 1 bilhão neste ano e R$ 3,5 bilhões em 2007, com possibilidades de suplementação, modalidade que não existia no governo anterior. "O enfoque do pacote foram as construtoras. Faltou um olhar para as cooperativas que, mais uma vez, ficaram de fora da preocupação do governo como outra alternativa para a solução do déficit habitacional", diz Niscolo. (Fonte: Ocesp)"

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