Cooperativas ganham nova linha de crédito
Cooperativas ganham nova linha de crédito
As cooperativas de crédito ganharam uma nova linha de financiamento do governo com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar sua capitalização. O Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (Procapcred), elaborado pelo Grupo de Trabalho Interministerial do Cooperativismo (GTI) permitirá o fortalecimento da estrutura patrimonial das cooperativas. O Procapcred será desenvolvido por meio da concessão de financiamentos diretamente aos cooperados para aquisição de cotas-partes de cooperativas singulares de crédito com mais de um ano de atividade.
Podem ser beneficiários do Procapcred: cooperados, pessoas físicas, dedicados a atividades produtivas de caráter autônomo, tais como os produtores rurais, pescadores, empresários, prestadores de serviço autônomos e microempreendedores,e também cooperados , pessoas jurídicas, dedicados a atividades de produção rural, pesqueira, industrial, comércio ou serviços.
Os recursos, que podem ser usados em investimentos e capital de giro, poderão ser pagos até seis anos, com um ano de carência. Terão encargos financeiros pós-fixados a serem cobrados dos beneficiários de financiamentos do Procapcred calculados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) acrescida de juros de até 4% ao ano.
“O Procapcred favorecerá o desenvolvimento das cooperativas de crédito e permitirá o aumento do seu capital", resumiu o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Para o gerente de Apoio e Desenvolvimento em Mercados, Evandro Ninaut, as cooperativas de crédito poderão elevar seus limites operacionais, financiando mais os seus cooperados.
Ninaut lembrou que a vitória para as cooperativas foi parcial tendo em vista que o GTI, coordenado pelo Denacoop, vinha trabalhando para atender também a outros ramos. A intenção era dispor de até R$ 6 bilhões para financiar o aumento do patrimônio líquido das cooperativas a juros entre 6% e 8,75% ao ano. Desse total, R$ 3,2 bilhões seriam destinados às cooperativas de crédito, R$ 2,1 bilhões às agropecuárias e outros R$ 700 milhões distribuídos entre os demais ramos. Até o momento o governo não revelou o montante que será aplicado no cooperativismo de crédito.
O superintendente da Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob, Marco Aurélio Almada, que fez parte do GTI que propôs a criação da norma, comemora a vitória. “Demos um passo muito importante para o desenvolvimento do cooperativismo de crédito, agora temos que trabalhar para que os recursos cheguem aos nossos cooperados”.