Cooperativas recorrem ao Fundo da Marinha Mercante
Em busca de financiamento para expansão, modernização e reparo de embarcações e equipamentos para o transporte fluvial de passageiros, os presidentes das organizações das cooperativas da região Norte se reuniram hoje (28/4) com representantes do Fundo de Marinha Mercante (FMM). A reunião, que ocorreu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras(OCB), em Brasília (DF), teve a participação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Para ele, o fundo é um dos principais financiadores de crédito para a navegação.
“Temos condições de apresentar projetos ousados para a região Norte, e será uma grande oportunidade para as cooperativas, além de promover o desenvolvimento regional, proporcionado o fortalecimento da matriz brasileira de transporte de pessoas e de carga fluvial”.
Freitas disse ainda que o investimento no transporte fluvial deve beneficiar a logística da produção das regiões, Sul, Sudeste e Centro Oeste, que utilizam o porto Graneleiro de Itacoara, no rio Madeiro, porta de saída para exportações direcionadas à Europa.
A reunião foi proposta pelo presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM), Petrucio Magalhães Júnior. Para ele, é fundamental entender todos os processos que o FMM exige. “Assim, poderemos munir as cooperativas com informações, facilitando a elaboração de projetos de reestruturação da frota de transporte e passageiros”, declarou.
Em sua apresentação, o analista de Infraestrutura do Ministério do Transporte, Eduardo Praça, disse que o FMM financia embarcações para empresas de transporte de passageiros, estaleiros, entidades públicas, instituições de pesquisa e outros órgãos, inclusive os representativos de classe dos setores de marinha mercante e de construção naval.
Segundo ele, a expectativa é de que o fundo chegue a R$ 30 bilhões contratados em 12 anos, até o final de 2014. Entre 2003 e 2010, foram contratados R$ 17,3 bilhões em 406 projetos. O FMM opera com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor naval, financiando a construção de embarcações e, agora, a abertura de estaleiros a condições especiais. Os recursos vêm do Adicional de Frete da Marinha Mercante (AFMM), taxa cobrada sobre o frete no transporte marítimo.
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