Cooperativismo de crédito brasileiro e alemão trocam experiências para fortalecimento do setor
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Um grupo de representantes da BVR (Bundesverband der Deutschen Volksbanken und Raiffeisenbanken), a federação nacional dos bancos cooperativos alemães, está em missão no Brasil com programação de 4 a 7 de outubro. A BRV é a instituição responsável pelo sistema de proteção das cooperativas alemãs. No cronograma, vistas ao FGCoop (Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito), à OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) ao Banco Central do Brasil, ao Sicoob e ao Bancoob.
Ontem (5/10), o grupo se reuniu com o Conselho de Administração do FGCoop e conduziu apresentações sobre o panorama geral do cooperativismo de crédito na Alemanha. Participaram também membros da OCB, colaboradores do FGCoop e do Comitê de Assessoramento Técnico. Primeiramente foram apresentados a estrutura do Cooperativismo de Crédito no Brasil e os macro processos do FGCoop, com foco na metodologia de monitoramento das singulares.
Na sequencia, a BVR fez a sua apresentação, demonstrando a visão do país em relação ao tema monitoramento, formas de contribuição e explicaram o seu processo de prevenção, que prevê planos de reestruturação, visitas técnicas e, quando necessário, alguns níveis de intervenção. Foram feitos, ainda, esclarecimentos sobre como funciona o sistema de proteção nas cooperativas da Alemanha.
A reunião do Conselho, que ocorre a cada três meses, serviu para mostrar aos visitantes os números mais atuais do Fundo brasileiro, que aproveitaram para tirar dúvidas gerais, inclusive sobre o processo brasileiro de auditoria cooperativa.
O objetivo deste intercâmbio, conforme explica o Diretor de Monitoramento e Supervisão do FGCoop, Claudio Weber, é identificar, no modelo alemão, sugerir e principalmente apoiar ações para fortalecer o sistema de proteção das cooperativas financeiras brasileiras. “O modelo alemão da proteção institucional foi desenvolvido e é executado pelo BVR. Desde sua criação deste sistema de proteção a cerca de 80 anos nenhuma cooperativa alemã quebrou. O sistema de proteção alemão envolve o monitoramento constante das cooperativas, desta forma identificando e sendo ativo na atuação preventiva com intuito de evitar possíveis problemas. O próximo passo seria um trabalho de saneamento da cooperativa e somente em última instancia se utilizaria o fundo de proteção ao depósito”, avalia Weber.
A programação do grupo segue pelos próximos dias, quando farão visitas à sede do Banco Central do Brasil e também ao Sicoob e ao Bancoob.