Cooperativismo é destaque em evento do Rally da Safra
A importante contribuição das cooperativas brasileiras para o desenvolvimento da agricultura nacional foi ressaltada durante o anúncio dos indicadores do Rally da Safra 2013, em São Paulo, na noite desta terça-feira (26/3). Em reconhecimento ao trabalho realizado pelo movimento, foram entregues dois prêmios – ao Sistema OCB, pelo apoio aos seus cooperados e contribuição direta para o crescimento no campo, e à Cooperativa Agrária Agroindustrial, pela alta produtividade, principalmente na cultura do milho. Os troféus foram recebidos por seus respectivos presidentes, Márcio Lopes de Freitas e Jorge Karl.
“Nosso papel, como representantes oficiais do cooperativismo brasileiro, é dar visibilidade ao movimento e garantir um ambiente favorável à expansão da prática cooperativista. Levar informação, novos conhecimentos aos nossos associados, preparando-os para o mercado, também faz parte da nossa missão. Trabalhamos por uma gestão competente e queremos que ela seja reconhecida”, comentou Freitas.
Os diferenciais do setor, como os ganhos de escala e o investimento no profissionalismo na gestão dos negócios, também foram destacados pelo gestor do projeto e autoridades presentes. André Pessoa, coordenador geral do Rally da Safra, apresentou os principais números levantados após 60 mil km rodados e mais de mil lavouras percorridas de soja e milho no país. Foram visitados 11 estados, além do Distrito Federal, entre janeiro e março deste ano.
Contribuição - Logo no início de sua fala, Pessoa fez referência ao movimento cooperativista. “Hoje, completamos dez anos de Rally e, neste período, aprendi muito com pessoas importantes do agronegócio brasileiro. Vale uma homenagem a Roberto Rodrigues. Com ele, aprendi a admirar e respeitar o trabalho das cooperativas – a sua importância no passado, no presente e para o futuro da agricultura do nosso país”, disse.
Competitividade - A formação de cooperativas de nova geração também foi apontada pelo coordenador como desafio e caminho para o crescimento das atividades no campo. “As cooperativas são uma alternativa para os pequenos e médios produtores usufruírem dos ganhos de escala e disputarem mercado. Organizados, eles têm mais força, voz política, acesso à profissionalização e à tecnologia”, comentou.
Visibilidade – Para a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônica Bergamaschi, que representou o governador Geraldo Alckmin, “a saída, de fato, é organização”. “Esta é a solução, não só para os menores, mas para que o setor possa brigar por melhores condições. Falta comunicação. Precisamos mostrar à sociedade a nossa importância para que sejam colocadas em prática políticas públicas que resolvam problemas como os gargalos de logística para escoamento da safra. Esse é o nosso grande desafio”, destacou.
Governo – Nesse sentido, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, enfatizou que o governo está sensível a essas questões. “Sabemos do aumento da produção e dos problemas vividos para o escoamento da safra, como a estrutura e a quantidade de portos. Esse é realmente o grande gargalo da agricultura brasileira. E as soluções, nós encontraremos com a participação direta dos produtores”, disse.
Informação – O presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp), João Sampaio, destacou “a informação como o principal insumo para que decisões sejam tomadas e ações, empreendidas”. Ele comentou, ainda, sobre um novo projeto com a participação da Fiesp, assim como no Rally da Safra. “Estamos avançando nas discussões sobre um Índice de Confiança no Agronegócio. A ideia é medir a confiança entre os agentes, os elos da cadeia, mostrando, por exemplo, a intenção de investimento, de plantio e, a partir daí, definir estratégias e, novamente, tomar decisões”, complementou. O assunto foi discutido nesta terça, na sede da entidade, por representantes de segmentos envolvidos no processo, inclusive o cooperativismo.