Cooperativismo é indutor de desenvolvimento local diz Márcio Freitas
Durante sua participação no I Fórum IBMEC de Agronegócio, Infraestrutura, Integração e Mercado de Capitais, presidente do Sistema OCB discorreu sobre desafios e oportunidades para estes segmentos
Brasília (1º/9/16) – Debater os aspectos do cenário atual e as perspectivas de curto e médio prazos para os setores de agronegócio, infraestrutura, integração e mercado de capitais. Este é o objetivo do I Fórum IBMEC, promovido hoje, em São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e que contou com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, como um dos painelistas. A expectativa é que a visão de líderes empresariais e do poder público indique uma possível saída para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, à luz do Mercado de Capitais.
Ao lado de Roberto Rodrigues, embaixador do cooperativismo para a FAO e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, e de Maurício Lopes, presidente da Embrapa, Márcio Lopes de Freitas discorreu sobre a visão empresarial do cooperativismo, bem como integração e fonte de financiamento privado destinada à cadeia produtiva brasileira.
Márcio Freitas comentou, por exemplo, que a profissionalização da gestão e governança, sob a ótica de gestão de riscos, tem sido foco das cooperativas, considerando que “esta é uma condição reconhecida por todos os agentes financeiros.”
Além disso, o presidente do Sistema OCB ressaltou que tem-se trabalhado fortemente junto ao governo federal demandando o fortalecimento de linhas de crédito com recursos oficiais, o que tem sido, para a liderança, imprescindível para os empreendimentos cooperativos, apesar da redução das disponibilidades de recursos, pela queda dos depósitos à vista e dificuldades fiscais do Tesouro Nacional.
Ainda sobre o tema financiamento, Márcio Freitas foi enfático ao dizer que as cooperativas brasileiras têm buscado avançar no desenvolvimento e estruturação de modelos alternativos de financiamento, a exemplo dos títulos do agronegócio e sua integração ao mercado de capitais. Apenas em 2016, o Sistema OCB e suas Unidades Estaduais promoveram 2 workshops de abrangência nacional, convidando renomados especialistas para discutirem os caminhos para se avançar nestes modelos.
RAMO AGROPECUÁRIO – Na oportunidade, o presidente do Sistema OCB apresentou alguns dados sobre as 1.543 cooperativas agropecuárias do país, que abrangem cerca de um milhão de cooperados. Segundo ele, juntas, as 70 maiores são responsáveis por movimentar R$ 106,8 bilhões.
Além disso, o Ramo Agropecuário possui grande rede de lojas agropecuárias, responsáveis por elevados volumes de distribuição de insumos; por uma capacidade estática de 32 milhões de toneladas (21% do que há no país); robustos parques industriais que demandam um forte ritmo de investimentos em ampliação e modernização; além de se constituírem, as cooperativas, em vetores fundamentais para o escoamento de produtos nos mercados interno e externo.
“O cooperativismo é um aliado forte de governos sérios. Nossa função é contribuir com a economia do país, promovendo, por meio da confiança mútua, marca do DNA cooperativista, o desenvolvimento sustentável de comunidades onde se instala. Por isso, podemos afirmar claramente que o movimento cooperativista é um indutor de desenvolvimento. Por meio da qualificação constante, da busca pela excelência e competividade no mercado, as cooperativas fazem a diferença na vida das pessoas, pois geram emprego, renda e felicidade a quem faz da prática cooperativista, um estilo de vida”, conclui Márcio Freitas.