Cooperativismo médico é pauta de fórum em Brasília
O Conselho Federal de Medicina (CFM) realiza nesta terça e quarta-feira (26 e 27/6) a quinta edição do Fórum Nacional de Cooperativismo Médico. Com o objetivo de discutir questões voltadas especificamente à atuação das cooperativas do ramo Saúde, o encontro, patrocinado pela Unimed do Brasil, foi dividido em dois grandes momentos: o primeiro deles voltado às cooperativas operadoras de planos de saúde, e o segundo, às cooperativas não-operadoras.
Temas como Sistema Unimed, incluindo cooperativismo de trabalho médico, o modelo cooperativista de remuneração, a remuneração médica nas Unimeds e suas variações regionais, a composição dos custos e honorários médicos nas cooperativas, além da visão das entidades médicas sobre modelos e formas de remuneração da categoria na saúde suplementar, estão incluídos na programação.
Durante a abertura do evento, realizada na tarde de ontem (26/6), o vice-presidente do CFM, Carlos Vital, enfatizou que um dos problemas enfrentados atualmente pelo setor é a baixa credibilidade e necessidade urgente de reestruturação. “Existe uma necessidade urgente de organização das representações para evitar o aviltamento do trabalho médico. Temos que trabalhar melhor, inclusive, os públicos para que todos entendam os reais problemas da saúde e suas verdadeiras causas”, declarou.
O representante nacional do Ramo Saúde da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), José Abel Ximenes, ressaltou a importância de se voltar os olhares para a origem do surgimento do cooperativismo médico como forma de focar na verdadeira finalidade do trabalho: “O sistema cooperativista foi idealizado para viabilizar as pequenas e médias cooperativas, e organizar e facilitar o trabalho médico. Um dos princípios elementares é evitar a intermediação do trabalho médico. A operadora, no Sistema Unimed, é um meio e não um fim; o fim é o paciente.”
De acordo com o gerente do Ramo Saúde da OCB, Laudo Rogério Santos, a realização do Fórum demonstra a preocupação das entidades de classe e de representação da categoria médica em pontuar as diferenças existentes entre os trabalhos realizados por operadoras mercantilistas e cooperativas. “Tanto o CFM quando a AMB* e a Fenam** estão focadas em diferenciar a atuação dos dois tipos de operadoras de planos de saúde, reconhecendo que as cooperativas são entidades de capital social. Essa distinção é fundamental para que se dê o devido tratamento diferenciado a elas quando da promoção de discussões e edição de resoluções”, comentou o gestor.
*AMB – Associação Médica Brasileira
**Fenam – Federação Nacional dos Médicos