Cooperativismo é sinônimo de confiança, diz Márcio Freitas durante reunião do Conselhão

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Encontro reuniu a presidente da República, Dilma Rousseff, parte de seus ministros e mais de 90 representantes dos setores econômicos do país

Brasília (28/1) – “O cooperativismo é um modelo societário plenamente estabelecido no país e reúne as melhores condições de contribuir com o desenvolvimento da economia nacional.” Com esta frase, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, iniciou seu discurso durante sua participação na 44ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, mais conhecido como Conselhão.

A reunião ocorreu ao longo da tarde de hoje, no Palácio do Planalto e contou com a participação da presidente da República, Dilma Rousseff. O encontro faz parte da estratégia do governo federal para encontrar alternativas que o levem o Brasil a superar a crise. Alguns ministros participaram da reunião: Nelson Barbosa (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central), Kátia Abreu (Agricultura) e Jaques Wagner, da Casa Civil, para quem este é o melhor momento para uma retomada da economia.

CONFIANÇA – O movimento cooperativista, representado pelo presidente do Sistema OCB, foi convidado pelo próprio governo federal a integrar o Conselho. Márcio Freitas defendeu que o cooperativismo precisa ser reconhecido como ferramenta de desenvolvimento social e econômico para o Brasil.

“Este é o momento de retomarmos a esperança de que o Brasil pode continuar crescendo com sustentabilidade e a passos largos, amparados por um modelo que estimula a participação de todos e que gera confiança. E o cooperativismo é isso: uma sociedade de pessoas que confiam umas nas outras. E é isso que venho aqui oferecer: confiança”, argumenta a liderança cooperativista.

Segundo Márcio Freitas, atualmente existem 6,5 mil cooperativas registradas na OCB. Juntas, elas são responsáveis por reunir 12,7 milhões de pessoas cooperadas, ou seja, ¼ da população brasileira, e, ainda, por gerar mais 360 mil empregos diretos.

“Um movimento como o cooperativismo, com números tão expressivos, não pode passar batido. Tanto é verdade que a Organização das Nações Unidas já reconheceu o nosso setor como uma alternativa à crise econômica mundial. Estou aqui, em nome de todas as famílias cooperativistas brasileiras para dizer que o nosso setor está do lado de todas as ações que farão do Brasil uma grande economia novamente”, reforça.

VANTAGENS – Para exemplificar a importância do cooperativismo para a economia do Brasil, Márcio Freitas, destaca o papel do movimento no setor agropecuário. “As nossas cooperativas são responsáveis por 48% de tudo que é produzido no campo brasileiro. E este setor precisa do apoio do governo federal para continuar contribuindo, como tem feito nos últimos anos. Na nossa opinião, três medidas são fundamentais para a retomada da confiança e os investimentos do setor: política forte de garantia da produção e renda, política comercial com foco em acesso a mercados externos e avanço tecnológico de processos.

EMPREENDEDORISMO COLETIVO – Márcio Freitas é enfático ao afirmar que o cooperativismo tem em seu DNA a visão de longo prazo e a identidade de desenvolvimento sustentável. “Investir no cooperativismo é investir em um jeito diferente de pensar a sociedade, a geração de renda e a inclusão social da população, por meio da promoção e do fortalecimento do empreendedorismo coletivo, aquele que potencializa e compartilha resultados”, conclui.

CONSELHÃO – Criado em 2003 no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o conselho é presidido por Dilma Rousseff. Neste ano, ele passa a ser composto por 92 integrantes – antes eram 90 – que representam empresários, movimentos sociais, sindicatos e a sociedade civil. A última reunião do grupo ocorreu em junho de 2014.

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