Cooperativismo tem muito a oferecer para a construção de uma sociedade mais justa, diz Koslovski
Curitiba, 4/7/2031 - Ao abrir o Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses - ontem, 3/7 -, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, fez um paralelo entre o cenário mundial e brasileiro e o trabalho que o cooperativismo vem realizando nesse contexto. Ele lembrou que o evento estava sendo realizado em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no dia 6 de julho, e que o tema escolhido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para marcar a data faz referência à força que o setor tem demonstrado especialmente nos momentos de maior fragilidade econômica e social. “O tema deste ano do Dia Internacional, mais uma vez, dá ênfase ao bom desempenho do cooperativismo mundial, especialmente nos países onde a crise tem provocado enormes dificuldades socioeconômicas à população, com reflexos diretos na renda, no emprego e, sobretudo, na qualidade de vida das pessoas”, afirmou.
Sustentação - Por outro lado, ele lembra que as cooperativas que atuam nos países em crise estão dando sustentação às atividades dos associados porque elas estão centradas no coletivo para a viabilização de projetos individuais. “É importante destacar que cada cooperado é um empreendedor de seu próprio negócio, utilizando-se da cooperativa para assegurar a viabilidade de bons resultados. Pensar e agir coletivamente podem ser um grande desafio para nossa sociedade e o mercado atual está experimentando esta importante via de desenvolvimento para garantir o sucesso dos empreendimentos”, acrescentou.
Avanços - Segundo Koslovski, a mensagem da ACI evidencia os avanços das cooperativas no mundo em seus diferentes ramos, superando os desafios de nações com forte crise socioeconômica. “Um dos exemplos mais marcantes é o sucesso das cooperativas de crédito, cujo desempenho tem sido muito melhor que dos bancos tradicionais, desmistificando posições pessimistas de muitos analistas internacionais. E aqui no Brasil, no Paraná, a situação não é diferente”, frisou.
Inclusão - De acordo com o dirigente, no Paraná, o setor também tem crescido de forma sustentável e vem trabalhando intensamente para inserir cada vez mais pessoas no processo cooperativo. “Se temos hoje nas cidades e no campo um cooperativismo que nos enche de orgulho, isto se deve ao forte investimento que dirigentes, colaboradores e associados tem feito junto ao ser humano”, ressaltou.
Fatores externos - Ele lembrou que, mesmo experimentando um bom momento, o cooperativismo depende de fatores externos que, se bem conduzidos, podem ajudar o setor a ampliar as conquistas para um maior número de pessoas. Koslovski citou a preocupação com a inflação e o papel do Estado para a viabilização do trabalho exercido pelo setor produtivo. “O clamor da sociedade que vem das ruas sinaliza para a necessidade do poder público atuar de forma mais efetiva na viabilização de políticas públicas que realmente possam contribuir para a melhoria dos serviços e da vida do cidadão”.
Desafios - O presidente da Ocepar também falou sobre as tão aguardadas reformas política, tributária, trabalhista, previdenciária, no judiciário, além da necessidade de melhoria da infraestrutura urbana e rural e do combate à corrupção. “São desafios que precisam entrar na pauta do mundo real, sob pena de termos graves consequências futuras para o setor produtivo e, consequentemente, para a população. Cobrar dos governos de forma responsável a solução para os nossos problemas é dever e obrigação de todos nós. Participemos deste novo momento. O cooperativismo pode, deve e tem muito a oferecer para que consigamos construir uma sociedade mais justa, solidária e cooperativa”, encerrou Koslovski.