Crédito rural: concessão ampliada nos últimos três anos

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Os Planos Agrícolas e Pecuários das três últimas safras valorizaram a ampliação dos recursos ofertados aos produtores e facilitaram o acesso ao crédito. Na safra 2009/2010, os agricultores contaram com R$ 107,5 bilhões, recursos 53,5% superiores aos do ciclo 2007/2008. No período, além de aumentar o volume de crédito, o governo garantiu mais agilidade para que os financiamentos chegassem aos agricultores e reduziu as taxas de juros. Também adotou medidas específicas para estimular a classe média rural, a agricultura sustentável e as cooperativas.

Juros - Na safra 2007/2008, as taxas de juros do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) para as operações de custeio e comercialização foram reduzidas de 8,75% para 6,75, queda superior a 20%. Já o índice fixado para o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural) caiu de 8% para 6,25% ao ano. “A medida foi uma conquista para agricultura brasileira, porque desde a safra 1998/1999, os valores praticados eram de 8,75% e 8%”, avalia o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo.

Incentivos - Em relação à safra passada, o Proger Rural foi ampliado para atender maior número de beneficiários, com o aporte de R$ 5 bilhões (acréscimo de 72%). Essas alterações aumentaram em mais de três vezes a concessão de crédito em relação à safra anterior: foram R$ 2,1 bilhões contra R$ 695 milhões aplicados em 2008/2009.

Neste ciclo agrícola ainda foi lançado o Programa de Capitalização das Cooperativas, de Produção Agropecuária (Procap-Agro), para ampliar ou reestruturar as cooperativas e aumentar o fluxo de capital de giro dessas organizações. Já o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa), criado na safra 2008/2009, foi aperfeiçoado para incentivar a recuperação de áreas degradadas e incluir serviços de agricultura de precisão. De julho de 2009 a janeiro de 2010, o volume de aplicações mais do que quadruplicou em relação ao mesmo período da safra anterior, passando de R$ 57 milhões para mais de R$ 230 milhões. (Débora Pinheiro)

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