Deficiência de energia em SC prejudica indústria e agropecuária

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Florianópolis (26/1) – As graves deficiências no fornecimento de energia elétrica no grande oeste catarinense estão causando pesados prejuízos aos setores industrial e agropecuário. Unidades industriais e estabelecimentos rurais paralisadas e com perda de produção e produtividade estão se tornando ocorrências frequentes na região, com perdas, inclusive, de planteis.

No ano passado, essa situação provocou grande prejuízo de ativos biológicos em pelo menos 30 mil aves perdidas, por semana, nos períodos mais críticos de dezembro, janeiro e fevereiro. Neste ano já se chegou a 40 mil aves. Além da perda econômica para avicultores e para as indústrias, a mortandade frequente de aves e o calor excessivo trazem riscos de ordem sanitária.

O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente de agronegócio da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Mário Lanznaster e o presidente da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc) Marcos Antônio Zordan pedirão ao Governo do Estado a aceleração das obras da Celesc na região.

A situação está se tornando crônica porque as quedas de energia no oeste são maiores que a média catarinense. O Fórum de Desenvolvimento do Oeste, coordenado pela Fiesc e Unoesc, constatou no ano passado que a região teve os piores indicadores de todo o Estado: o DEC (tempo acumulado que as unidades consumidoras ficaram sem energia) ficou 87% acima da meta e o FEC (indica a quantidade de vezes que ocorreu interrupção no fornecimento) registrou 74% acima da meta.

Lanznaster expõe que, além das deficiências, o alto custo da energia elétrica prejudica a competitividade da indústria e encarece todos os produtos manufaturados. Lembra que o setor industrial é responsável por aproximadamente 46% do consumo de energia elétrica no Brasil.

O dirigente lamenta que os transtornos do setor produtivo  com o suprimento de energia elétrica nas vastas regiões agrícolas estão se tornando um pesado custo adicional em um momento em que a avicultura e a suinocultura catarinense, como grandes cadeias produtivas, estão perdendo competitividade em razão de várias condicionantes como as deficiências logísticas de transporte, a falta de mão de obra e os incentivos fiscais oferecidos por outros Estados, como Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

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