Dilma se reúne com líderes da agropecuária e recebe demandas do setor

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Brasília (26/5) – Uma pauta contendo as demandas do setor agropecuário foi entregue à presidente, Dilma Rousseff, durante um encontro que reuniu 42 lideranças do setor, dentre elas o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. A reunião ocorreu no Palácio da Alvorada, na sexta-feira (23), em Brasília.

Segundo Márcio Freitas, a lista contendo os principais desafios para a agropecuária e, ainda, seus gargalos de solução mais urgente foi cuidadosamente preparado por representantes do setor primário e da agroindústria.

“O setor agropecuário passa por problemas sérios que vão desde a falta de investimento e linhas de crédito até questões como armazenagem e outros itens da logística nacional. As demandas das cooperativas precisam ser observadas pelo governo, especialmente pelo fato de colaborarem com cerca de metade de tudo que é produzido no país. Além do mais, o setor produtivo unido tem muito mais força para lutar pela melhoria que precisa para avançar e se desenvolver cada vez mais”, argumenta Márcio Freitas.

A pauta apresentada à presidente foi construída a partir das sugestões de todos em reunião prévia, realizada na sede da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na última sexta-feira, horas antes do encontro com a presidente.

A lista de representantes incluiu o setor cooperativista, empresários, produtores, exportadores, representantes de entidades de classe, associações e grandes empresas do setor, tais como: da área de processamento de alimentos, passando pela produção de agroquímicos, máquinas e equipamentos agrícolas.

Na análise dos desafios, foram selecionados oito temas: logística, agroquímicos, açúcar e álcool, questões trabalhistas, acordos internacionais de comércio, crédito tributário e questão indígena.

O primeiro item da lista, tratado no Palácio da Alvorada, foi a logística. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, Carlos Sperotto, falou do porto de Rio Grande. Segundo ele, esse porto é classificado como o mais eficiente do país e o segundo maior em exportação de soja, mas a demanda crescente exige mais investimentos para melhorar sua competitividade.

Coube ao presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, falar da necessidade de investimentos crescentes neste setor. Dilma explicou que este ano não teve condições de aumentar as verbas para o seguro rural por conta do esforço do governo em cumprir sua obrigação primeira, do superávit primário.

GRUPO DE TRABALHO – A presidente também anunciou a criação de um Grupo de Trabalho, composto por quatro ministérios (Agricultura, Saúde, Meio Ambiente e Casa Civil) e pela iniciativa privada, para encontrar solução para registro de agroquímicos.

Em resposta às reclamações, ela concordou que não é possível que uma mesma empresa demore dois anos para registrar um mesmo produto nos EUA e seis anos, aqui no Brasil.

O encontro foi articulado pelo Palácio do Planalto com o apoio da presidente da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (TO).

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