Educadores alagoanos discutem processos avaliativos
Maceió (31/3) – O Sistema OCB/AL promoveu nos últimos dias um curso sobre Análise de Processos Avaliativos. Para isso, levou ao estado o renomado doutor em Educação, Cipriano Luckesi. O evento foi direcionado a educadores das cooperativas do ramo Educacional e contou com a participação de representantes das secretarias estadual e municipal da Educação e do Esporte. A atividade ocorreu ao longo da última semana, beneficiando profissionais de Maceió e do interior alagoano.
Cipriano Luckesi abordou no curso temas da filosofia, filosofia da educação, pedagogia, ensino, prática educativa lúdica e, principalmente, avaliação da aprendizagem. “É muito valioso para nós termos um dia de debate com ele. Colocamos em discussão situações do nosso dia a dia como avaliar quantitativa ou qualitativamente os alunos, porque sabemos que são métodos capazes de refletir de forma positiva ou até negativa na vida dos estudantes. Temos de ter esse cuidado de estar sempre discutindo o tema”, explica Williem Freitas, diretor presidente da Cooperativa Educacional de Maceió (Coopema).
Para a superintendente do Sistema OCB, Márcia Túlia, o objetivo de promover um evento como esse é estimular o desenvolvimento do ramo Educacional em Alagoas, gerando debates acerca dos desafios diários enfrentados pelos educadores e das melhores maneiras de trabalhar com os alunos.
“O Doutor Cipriano Luckesi é um profissional altamente gabaritado e certamente trouxe grande contribuição para o aperfeiçoamento do setor em nosso Estado”, pontua a superintendente.
QUESTIONAMENTO - Desde 1973, Cipriano Luckesi tem ministrado cursos e pronunciado conferências em seminários, minicursos, disciplinas de pós-graduação e congressos. Na última semana esteve com os profissionais da Coopema, da Cooperativa de Educadores de Penedo (Coopepe) e da Cooperativa de Educação de Xingó (Coopex).
“Trouxe uma discussão sobre os processos avaliativos. Na tradição histórica que temos, os exames são feitos sem levar em conta a prática pedagógica. E a função da avaliação é sempre garantir o sucesso de alguma atividade. Um jornalista, por exemplo, escreve um texto, lê, reescreve e relê até que ele fique satisfatório. Por que na escola não pode ser assim? Os educadores devem analisar o porquê de não ter ocorrido o aprendizado e ensinar de novo, e de novo, até obter um melhor resultado”, pontua Luckesi.
OPORTUNIDADE – Em julho haverá um novo curso com o doutor em Educação. “A meta é fazer com que os professores comecem a transitar por essa ideia de que a avaliação é um auxiliar de sucesso. Ela não determina o que fazer, mas ela diz a qualidade do que foi feito. O que será feito é uma decisão do gestor da ação. E o objetivo é fazer os professores olharem para suas atividades com a meta de ter sucesso e não somente lamentar quando o aluno não aprender o que foi passado”, explica Luckesi. (Assimp Sistema OCB/AL)