Em Encontros de Núcleos cooperavas do Paraná definem o futuro
Curitiba (26/5) – Um planejamento integrado feito com a participação das cooperativas das regiões norte e nordeste do Paraná. Este é o resultado da primeira edição do Encontro de Núcleos, realizado pelo Sistema Ocepar, na última semana, e que reuniu 355 representantes do movimento cooperativista paranaense. Para o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, a primeira rodada do evento resume muito bem o compromisso dos dirigentes com o futuro do movimento cooperativista.
“Nós ficamos muito satisfeitos com os encontros que tivemos, pois representaram uma grande oportunidade de planejarmos o nosso futuro de forma integrada, visando a assegurar que o cooperativismo paranaense prossiga mantendo um bom desempenho e prospere cada vez mais, superando os obstáculos que estamos atravessando neste cenário nada favorável, vivenciado atualmente”, disse João Paulo.
INSTABILIDADE - “O país e o Paraná vivem um momento muito conturbado de instabilidade econômica e política, um descompasso com aumento de inflação, de custos e desemprego, e redução de consumo”, acrescentou. Segundo Koslovski, há uma forte sinalização de restrição de políticas públicas, com redução de crédito e no volume de recursos no setor agropecuário. "Existe a previsão de aumentos nas linhas de financiamentos, algumas até com 50% de aumento. Por isso, estamos atuando junto ao Ministério da Agricultura para mostrar a realidade e não perder o espaço conquistado com muito trabalho”.
NACIONAL - Em âmbito nacional, o presidente da Ocepar comentou que está havendo forte disputa entre o Senado e Câmara Federal, Congresso e o Poder Executivo. Segundo ele, as dificuldades macroeconômicas devem provocar aumento de custos e perdas de renda. "O cooperativismo paranaense vem crescendo a média anual de 10% nos últimos 10 anos, com foco na profissionalização dos cooperados e colaboradores. E, neste momento, nos reunimos para falar e debater o planejamento para os próximos anos do cooperativismo paranaense", afirmou Koslovski ao abrir o evento.
ABERTURA – Também compuseram a mesa de abertura os presidentes do Sicoob Central Unicoob, anfitrião do evento, Marino Delgado; da Cocamar, Luiz Lourenço, coordenador do Núcleo Noroeste, e da Integrada, Jorge Hashimoto, coordenador do Núcleo Norte.
PRC – Os Encontros de Núcleos Cooperativos são promovidos pelo Sistema Ocepar duas vezes por ano. Nessa primeira rodada de 2015, cooperativistas de todo o Estado iniciaram os debates sobre o Paraná Cooperativo 100 (PRC 100), plano estratégico que tem como meta elevar a movimentação do cooperativismo paranaense para R$ 100 bilhões, o dobro do resultado obtido pelo setor em 2014.
EVOLUÇÃO – O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, disse durante a apresentação do PCR100 que o sistema cooperativista representa 16% do PIB paranaense e, somente no agronegócio, perfaz 58% da economia do Estado. "Isto quer dizer que quase 60% de tudo o que se produz no Paraná sai dos armazéns das cooperativas e isso aumenta a nossa responsabilidade” afirmou. Ricken destacou ainda o crescimento do cooperativismo paranaense nos últimos 10 anos, que conta atualmente com 223 cooperativas registradas na Ocepar.
“Em 2008, o faturamento do nosso cooperativismo era de R$ 25 bilhões e agora, em 2014, foi de R$ 50,5 bilhões. Nos últimos 10 anos, a média de crescimento foi de 12,5% ao ano e, somente nos cinco últimos, foi de 15,9%. Neste encontro queremos debater os avanços e o planejamento para os próximos anos”, frisou.
MODERNO – O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, avalia positivamente a proposta apresentada pela Ocepar. “O PRC 100 é um plano moderno, ambicioso. Hoje, o cooperativismo paranaense está faturando R$ 50 bilhões, então até que não seria tão demorado atingir R$ 100 bilhões, se nós considerarmos a média de crescimento do setor nos últimos anos.
Mas temos todo um caminho a percorrer e podemos atingir isso mais rápido, de forma organizada, tendo uma meta, um plano. Não adianta crescer de forma desorganizada. Se os alicerces são montados desorganizadamente, as coisas vão degringolar amanhã ou depois”, afirmou.
“Acredito que a meta do PRC 100 é boa e deveremos persegui-la, trabalhando de forma conjunta. É uma ação que vai ser coordenada pelo Sistema Ocepar, que é o nosso órgão político e cuida das nossas reivindicações junto ao governo. Temos que conseguir meios que deem condições ao nosso sistema cooperativista de crescer e atingir os R$ 100 bilhões no espaço de tempo não muito grande e eu acho que vamos conseguir”, completou Gallassini. (Fonte: Sistema Ocepar - com colaboração da assimp da Coamo)