ENTREVISTA DA SEMANA: Ismael Perina

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Eleições: a participação é dever do cooperado

Brasília (3/8/16) – No próximo mês de outubro, ocorre nas cidades brasileiras as eleições que escolherão prefeitos e vereadores. E, a fim de orientar os cooperados de todo o país, o Sistema OCB editou a cartilha Cooperativismo e Eleições, com foco no processo político municipal. A intenção é estimular a participação e contribuir com informações, afinal, é dever de todo cooperado participar das eleições e de acompanhar o gestor público ou legislador, independentemente da esfera. É o que avalia Ismael Perina, cooperado e diretor financeiro do Sicoob Coopercredi (Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Região de Guariba). Confira o que ele pensa sobre o assunto.

Qual é a importância de as cooperativas bem como seus cooperados participarem do processo político?

Ismael Perina
– Apesar de tudo que tem ocorrido no quadro político brasileiro não podemos nos esquecer que vivemos numa democracia onde a representação das pessoas é feita nos legislativos e que tem no Executivo o gerenciador e executor das tarefas que comandam a nação, estado e municípios. A proximidade das representações de classe com estes organismos, neste modelo, passa a ser fundamental, uma vez que, nossos representantes serão os porta-vozes das nossas necessidades junto aos políticos eleitos. É por esta razão que é fundamental a participação dos cooperados, por meio de suas cooperativas, acompanhando o processo eleitoral desde o município.


O que o senhor faz para participar de forma ativa do processo político?

Ismael Perina
– Tenho procurado participar, nestes últimos anos, ativamente desse processo, pois como dirigente cooperativo que sou, sei o quão importante é o acompanhamento de todos os projetos de lei que tramitam nas câmaras, assembleias e Congresso Nacional e, ainda, junto ao Poder Executivo, em todos os seus âmbitos. Avalio como fundamental participar de todas as mudanças propostas, afinal de contas elas interferem em nossas organizações e, mais diretamente, na qualidade de vida dos cooperados.

No processo político, vejo como extrema relevância a participação, também, OCB e suas organizações estaduais, que têm realizado de forma brilhante a coordenação de atividades que ampliam o olhar tanto do cooperado, quanto so agentes dos três poderes sobre o cooperativismo.

Participar do processo político é um dever de todo cooperado. O nosso setor ainda não é tão conhecido por nossos representantes e, quanto o mais o tempo passar sem que haja essa sensibilização, mais dificuldades teremos em termos de leis e normativos que contemplem os nossos interesses, sobretudo no viés socioeconômico.


Este ano teremos eleições municipais. Quais ações podem ser desenvolvidas a fim de motivar a participação de todos no processo político?

Ismael Perina
– O primeiro passo é que os representantes das cooperativas se envolvam, sim, no processo. Temos de identificar nos municípios os candidatos com perfil para colaborar com o desenvolvimento de ações que beneficiem de forma geral o setor. Identificados estes candidatos os representantes têm de traze-los para próximo da cooperativa, fazendo reuniões de esclarecimento e discutindo as propostas dos candidatos, procurando inserir as demandas do cooperativismo em seu plano político.

É muito importante também, dar a devida atenção à eleição de vereadores comprometidos com nossa causa, pois é na câmara municipal que muitas leis que atingem diretamente o cidadão e cooperado são tratadas, uma vez que é necessário ter representantes que comungam da nossa causa, podendo utiliza-la como base para suas decisões.


Qual é o maior retorno para cooperativa, cooperados e para sociedade ao se incentivar a participação no processo político?

Ismael Perina
– Como disse anteriormente, nosso regime é democrático. Orientação para formação de um quadro político de ponta é fundamental. O retorno serão a elaboração de leis que contemplem a real necessidade dos cooperados e do cidadão comum. Representantes públicos bem orientados por nós, poderão realizar trabalhos que beneficiem o coletivo e, consequentemente, teremos uma sociedade mais justa e com a ações mais voltadas ao atendimento ao cidadão, o que, no meu entendimento, é a grande função do poder público.

*  Esta entrevista foi concedida, originalmente, à Revista Saber Cooperar

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