ENTREVISTA DA SEMANA: Márcio Freitas fala do primeiro turno das eleições

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Márcio Freitas quer ver o cooperativismo no discurso dos presidenciáveis

Brasília (7/10) – O Sistema OCB divulgou hoje uma análise sobre o primeiro turno das eleições, tendo como foco o cenário para o cooperativismo. Na entrevista a seguir, o presidente Márcio Lopes de Freitas destaca o resultado das ações realizadas pelo Sistema OCB com foco no fortalecimento da representação política do cooperativismo, bem como a importância da ampliação do reconhecimento do setor como parte da agenda de decisões governamentais.

Qual a sua avaliação sobre o resultado do primeiro turno das eleições?

Márcio Freitas
– Considero que tivemos um saldo bastante positivo na escolha e no apoio aos candidatos, inclusive, obtendo um índice de reeleição entre integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) maior do que o aquele apresentado entre os demais congressistas. Quanto à corrida presidencial, acredito que este é o momento ideal para que o cooperativismo, como movimento apartidário, possa se fortalecer dentro da agenda dos candidatos, demonstrando os nossos inúmeros diferenciais como alternativa de desenvolvimento econômico e social.

Qual é a importância da representação política do cooperativismo?

Márcio Freitas
– O apoio aos deputados e senadores que levantam a bandeira do cooperativismo no Congresso Nacional tem sido uma tônica não só em períodos eleitorais, mas durante todo o mandato legislativo. Esta é uma via de mão dupla: enquanto a Frencoop atua junto com o Sistema OCB para obtermos um ambiente político, econômico e regulatório favoráveis ao desenvolvimento do cooperativismo, nós atuamos como base de apoio, de informações técnicas e com o respaldo da opinião de milhões de brasileiros.

Quais ações que foram realizadas pelo Sistema OCB no apoio aos candidatos ligados ao cooperativismo?

Márcio Freitas
– Nestas eleições, nossa atuação esteve focada em um trabalho de sensibilização dos nossos cooperados e de suas famílias, a partir da publicação de uma cartilha que incentivou as práticas de representação e participação política, bem como da importância do voto consciente. Também fomos atuantes na entrega de perfil de parlamentares às nossas lideranças estaduais, com a indicação dos deputados e senadores que mais atuaram em parceria com o Sistema OCB, o que ajudou as nossas lideranças cooperativistas a escolherem seus representantes. Por fim, apresentamos aos candidatos à Presidência da República nossas prioridades, a partir do documento Propostas do Sistema OCB à Presidência da República 2015/2018.

Qual a expectativa em relação ao próximo líder da nação?

Márcio Freitas
– Independentemente de quem vença as eleições, esperamos que o próximo presidente da República possa ser um grande empreendedor do cooperativismo brasileiro, propondo políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do setor. A melhor compreensão do poder público sobre o movimento cooperativo brasileiro é fator que conecta todas as outras grandes prioridades do cooperativismo, relacionados à segurança jurídica, ao acesso ao crédito, ao adequado tratamento tributário e aos outros macrotemas componentes do documento das propostas ao próximo presidente da República.

Considerando que os dois candidatos terão agora mais tempo para expor suas propostas, como acha que o cooperativismo será abordado?

Márcio Freitas
– Precisamos que o cooperativismo seja enxergado como uma ferramenta perene e eficaz de desenvolvimento nacional, pois ele gera emprego e renda, assegura saúde, segurança, educação, cultura e lazer. Além do mais, é preciso que os candidatos analisem as nossas propostas. Que são: o reconhecimento da importância econômica e social do cooperativismo; o ato cooperativo e simplificação da carga tributária; a modernização da lei geral das cooperativas; o acesso a crédito e linhas de financiamento público pelas cooperativas; a segurança jurídica e regulatória para o cooperativismo; e a eficiência do estado e gestão pública.

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