Evento amplia conhecimento sobre mercado de carbono

"

Teve início na manhã desta quarta-feira (24/3), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba (PR), o Simpósio de mercado de carbono, promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com apoio da Ocepar e Embaixada Britânica. O evento reúne especialistas de várias instituições e visa disseminar as experiências dos Programas de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) para o sistema cooperativista; os posiciona-mentos e atualizações sobre a COP 15 e Código Florestal.
 
“Não tenho dúvida de que será muito proveitosa essa troca de experiências. Pessoas foram convidadas para trazerem seu conhecimento técnico, o que permiti-rá esse intercâmbio de informações que, para nós, é fundamental. O mercado de carbono é um assunto muito novo que nós carecemos conhecer melhor, aprendermos cada vez, para que possamos levar isso como uma melhoria e um benefício para os nossos cooperados e para as nossas cooperativas”, afirmou o secretário executivo da OCB, Renato Nobile, na abertura do evento, representando o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. De acordo com ele, a OCB também está envolvida com a construção do novo Código Ambiental, se mobilizando no sentido de evitar que os agricultores sejam prejudicados. “Eles não são os vilões e não podem ser penalizados. Por isso, estamos apoiando o trabalho dos deputados Moacir Micheletto e do Aldo Rebelo, que está finalizando a relatoria do projeto de lei”, completou Nobile.

Rara oportunidade – Na avaliação do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, o mercado de carbono é um tema extremamente importante para os agricultores cooperados e o evento deverá contribuir para o desenvolvimento das ações de MDL executadas pelo movimento cooperativista. “O simpósio represen-ta uma rara oportunidade em que nós vamos ouvir especialistas que poderão nos dar um direcionamento e nos ajudar no convencimento e na implementação de programas tão importantes como esse”, afirmou ele na abertura do encontro “O assunto é complexo, existe muita dificuldade em fazer isso acontecer na prática, mas temos a responsabilidade de estar sistematicamente nos atualizando para tratar dessa questão”, frisou Koslovski.

Ainda de acordo com ele, os projetos de MDL em andamento ainda não estão se viabilizando por si só. “Os agricultores tem se mostrado receosos em investir num programa dessa envergadura no momento em que ele não tem um retorno imediato. Mas o trabalho da OCB, da Ocepar e de outras organizações tem como obje-tivo discutir onde estão os entraves e quais são as dificuldades para que o programa possa efetivamente acon-tecer”, disse ainda.

Código – Sobre o Código Florestal, Koslovski ressaltou que os agricultores tem tido um comportamento e-xemplar. “Eles estão fazendo um trabalho fantástico, por meio do plantio direto, no recolhimento das embala-gens vazias de agrotóxicos, recuperando áreas degradadas e as nascentes dos rios, fazendo o reflorestamento da mata ciliar. No Paraná já foram plantadas um milhão e cem mil mudas pelo programa estadual de mata ciliar, que conta com o envolvimento das cooperativas. O questionamento que fazemos é sobre o compromis-so da sociedade urbana nesse processo”, afirmou. Ele lembrou que grande parte da poluição é gerada pelas cidades. “A nossa proposta é fazer um chamamento para que toda a sociedade participe desse processo envol-vendo a preservação do meio ambiente”, destacou.

Participantes – Também fizeram parte da mesa de abertura do Simpósio: Marcela Cardoso Guilles da Con-ceição, do Ministério de Ciência e Tecnologia; Alexandre Augusto Júlio Gomes, do Ministério do Desenvol-vimento Agrário; Rosana Clara Vitória Higa, da Embrapa Florestas; Manuel Mariño, diretor regional da ACI Américas; Paulo Roberto Meinerz, superintendente de varejo do Banco do Brasil, representando o vice-presidente de Agronegócio do BB, Luis Carlos Guedes. Estão participando do evento representantes da OCB e de suas organizações estaduais (OCEs), cooperativas, empresas, federações e confederações do agronegócio, instituições financeiras e de pesquisas públicas e privadas, investidores, governo e universidades. O Simpósio encerra na quinta-feira (25/03), às 12h30. (Fonte: Ocepar)

"

Conteúdos Relacionados