Excelência da gestão – 28 cooperativas são destaque
Brasília (20/11) - As cooperativas brasileiras são referência em gestão e governança, e vinte e oito delas se destacam nesse caminho da profissionalização dos negócios e do melhor retorno aos cooperados. Elas foram vencedoras do I Prêmio Sescoop Excelência de Gestão, promovido pelo Sistema OCB, em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), e entregue na noite desta terça-feira (19/11), em Brasília (DF). A premiação tem o patrocínio do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), do Banco Cooperativo Sicredi (Bansicredi) e da Seguros Unimed.
Excelência – “As cooperativas têm cumprido a sua grande missão, de proporcionar aos associados maior renda, qualidade de vida e felicidade. É o que vemos claramente no dia-a-dia de cada uma delas e pudemos constatar nessa primeira edição. O nosso papel nesse processo é auxiliá-las na busca por um ambiente de gestão cada vez melhor, visando sempre à excelência, podendo contribuir, assim, para um Brasil também cada vez melhor”, ressaltou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante a cerimônia.
Ainda fazendo referência aos resultados alcançados, o dirigente lançou um desafio a todo o Sistema. “Nós vencemos a meta deste ano, de ter 10% das nossas cooperativas seguindo o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas, o PDGC, que é base para a participação no prêmio. Tivemos a participação de 670. O nosso desejo é ver 100% delas inseridas nesse processo, de se buscar a excelência da gestão. Queremos ver isso acontecer no período de quatro anos e, para isso, contamos com o apoio de todos vocês, como porta-vozes, mobilizando a nossa base a participar do programa”, disse.
Gestão – Na sequência, o superintendente da FNQ, Jairo Martins, ratificou a fala do presidente do Sistema OCB. “Estamos aqui, juntos, para trabalhar por um Brasil melhor. Tenho a certeza e repito: a chave está em um modelo de gestão que úna a eficiência econômica e a eficácia social. A ideia é transformar recursos em resultados para a sociedade”.
Formação – E complementou: “o Brasil não pode mais ter ilhas de excelência. Precisa ser bom de Norte a Sul. Precisamos de pessoas preparadas, de investimento em educação. As manifestações da população brasileira nos últimos tempos comprovam isso. O que se quer? Um País que seja padrão em todos os setores – no atendimento em hospitais, nas escolas e no que diz respeito à infraestrutura e à segurança. E como vamos conseguir isso? Pela gestão”, finalizou.
Autogestão – O líder cooperativista Roberto Rodrigues, embaixador especial da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para o cooperativismo mundial, falou sobre o processo de crescimento do setor, chamando a atenção para um ponto importante da história. “Alguns de vocês se lembram da Constituinte. A OCB fez um trabalho notável nesse processo, de defesa da autogestão das cooperativas. Antes, era preciso autorização do governo para se constituir uma sociedade cooperativa, e o nosso esforço foi no sentido de mudar essa realidade, de inserir na Constituição Federal de 1988, no art. 5º, um item que garantisse a independência das cooperativas brasileiras. Desde então, o Sistema OCB vem trabalhando pelo processo de autogestão. Estou olhando para trás com o objetivo de chegar a este evento, de coroamento desse processo, de premiação da gestão das cooperativas”, disse.
Revolução – Rodrigues também ressaltou a importância de se pensar no futuro. “E para frente? Não há mais espaço para líderes autoritários. O momento é outro. Todo mundo quer participar da governança. Foi o que se constatou nas últimas manifestações. Esta é uma oportunidade para um movimento gigantesco, que tem uma doutrina consolidada, de alicerçado nas redes sociais, promover a marcha da democracia verdadeira, do bem-estar, da felicidade. E o cooperativismo, que tem 1 bilhão de pessoas no mundo, é que mais se enquadra nesse processo. Talvez, o cooperativismo esteja sendo desafiado a comandar a grande revolução do século 21”, destacou.
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