Exportações de agosto têm a segunda maior média diária mensal
Brasília (2/09) – As exportações brasileiras alcançaram, em agosto, a segunda maior média diária mensal, na série histórica da balança comercial, com US$ 973,9 milhões, abaixo apenas do valor registrado em agosto de 2011, quando as vendas externas brasileiras atingiram US$ 1,1 bilhão. No mês, as exportações chegaram a US$ 21,4 bilhões. Pela média diária, houve crescimento de 7,7% em relação a julho deste ano e de 0,1% em relação a agosto de 2012.
Já as importações chegaram a US$ 20,1 bilhões, em agosto, com média diária de US$ 918,1 milhões. Também é a segunda maior média já registrada para o período, atrás de agosto de 2011, com US$ 967,9 milhões. Pela média diária, as compras externas brasileiras cresceram 10,2% em relação agosto de 2012 e houve diminuição de 7% em comparação com julho deste ano. A corrente de comércio teve, assim, o segundo maior valor para meses de agosto, totalizando US$ 41,6 bilhões. Resultado superado apenas pela soma de importações e exportações no mesmo período de 2011, que chegou a US$ 48,4 bilhões. Em relação a agosto de 2012, houve aumento de 4,8% na corrente de comércio, pela média diária.
Em agosto de 2013, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,2 bilhão. É o segundo maior saldo positivo deste ano, superado pelo resultado de junho que atingiu US$ 2,3 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve superávit de US$ 3,2 bilhões, foi registrada retração de 61,9% no saldo comercial.
Durante a entrevista coletiva realizada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para comentar os resultados do mês, o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, explicou que o superávit em agosto ajudou a diminuir o déficit acumulado no ano, que estava, até o final de julho, em US$ 4,9 bilhões e recuou para US$ 3,8 bilhões. No acumulado dos últimos doze meses, as exportações brasileiras foram de US$ 238,6 bilhões e as importações atingiram US$ 236,1 bilhões. O resultado é um superávit acumulado, de setembro de 2012 a agosto de 2013, de US$ 2,5 bilhões.
O secretário também deu destaque às explicações sobre o efeito do comércio de petróleo e derivados na balança comercial. “Para que se entenda o resultado da balança comercial deste ano, é necessária uma compreensão da participação do petróleo e seus derivados no saldo comercial. Enquanto há uma queda global de 1,3 % nas exportações, vemos uma queda concentrada em petróleo e derivados, no montante de 38%. Tirando o petróleo e os derivados há, na verdade, um aumento das exportações brasileiras. O déficit em petróleo e derivados atinge a casa dos 16 bilhões, enquanto que nos demais produtos há um superávit expressivo de US$ 12 bilhões”, explicou.
Segundo o secretário, estas informações são importantes para contextualizar os números. “A situação da balança comercial é conjuntural. Deve-se principalmente ao expressivo aumento das importações de petróleo e derivados e à expressiva redução nas exportações de petróleo.
O secretário de Comércio Exterior também falou sobre o impacto do câmbio na balança comercial. “No curto prazo, a tendência é de redução nas importações de bens de consumo. No médio prazo, temos uma tendência de aumento das exportações, de acordo com o setor”, esclarecendo que, até agora, o efeito do câmbio não foi verificado nos números analisados pela Secex. “É uma tendência que poderá ser confirmada nos próximos meses”, afirmou.
Sobre os mercados de destino, no período de janeiro a agosto, Daniel Godinho chamou a atenção para o crescimento das vendas para a Ásia, com destaque para o aumento de 10% das exportações para a China. Também houve crescimento de 4,9% nas vendas para o Mercosul, sendo 9,7% de acréscimo nas exportações para a Argentina. Só em agosto, as vendas para o mercado argentino aumentaram 13% em relação ao mesmo período de 2012. (Assessoria de Comunicação Social do MDIC)
Cooperativas - De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cerca de 2,5% das exportações brasileiras foram realizadas por cooperativas, que repetiram a marca de cerca de R$ 6 bilhões em vendas a outros países. Como responderam por apenas 0,1% das importações brasileiras, as cooperativas fecharam o ano com cerca de R$ 5,7 bilhões de crédito na balança comercial. (Gecom/Sistema OCB)