Exportações de cooperativas crescem 33,8%
As cooperativas brasileiras exportaram nestes seis meses o equivalente a US$ 1,4 bilhão, enquanto em 2006 foi registrado US$ 1,08 bilhão. No que tange ao volume exportado, também houve crescimento, passando de US$ 2,8 milhões, valor contabilizado no primeiro semestre de 2006, para US$ 3,8 milhões neste ano. A Balança Comercial do setor apresentou um superávit de US$ 1,3 bilhão, demonstrando aumento de 30,9% em relação a 2006. Os bons resultados podem ser creditados aos setores de açúcar e álcool, soja, carnes e café.
“Apesar do câmbio desfavorável no que tange às exportações, a estabilidade da economia aliada à inflação contida faz com que a grande maioria das organizações altere seu perfil de vendas ao exterior. As exportações deixam de ser uma oportunidade sazonal e tornam-se uma estratégia. Com a estabilidade da economia e o câmbio abaixo do ideal, elas passam a investir na melhoria da produção para tornarem-se mais competitivas e alcançarem novos mercados”, avalia o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Os números superaram as expectativas do setor. Os valores registrados até o momento mostram um crescimento maior do que as estimativas iniciais. Segundo a Gemerc/OCB, o bom desempenho do primeiro semestre influenciou a reavaliação destes valores. Com isto, a tendência é que o ano feche com um crescimento de 25%, assim como ocorreu em 2006. Além disso, a estimativa é de que o valor de fechamento seja de aproximadamente US$ 3,5 bilhões.
Produtos em destaque
Entre os produtos exportados pelas cooperativas brasileiras, foi destaque nos seis primeiros meses do ano, ocupando o primeiro lugar no ranking, o segmento de açúcar e álcool, totalizando US$ 548,3 milhões. Foi registrado crescimento de 43,8% em relação ao mesmo período de 2006, quando os embarques somaram US$ 381,4 milhões. Dentro deste complexo, o produto que mais se destacou foi o “açúcar”, ocupando pelo terceiro ano consecutivo a primeira colocação no resultado geral das exportações. Até o momento, foram exportados US$ 327,7 milhões, com aumento de 11% frente a 2006.
O complexo soja, com volume exportado de 1,42 milhão de toneladas de soja e derivados, aparece logo em seguida, registrando crescimento de 20,5% em relação ao mesmo período de 2006, quando os embarques somaram US$ 1,17 milhão de toneladas. Também houve aumento de 35% nos valores, passando de US$ 277 milhões (1º semestre/2006) para US$ 374 milhões (1º semestre/2007). As exportações de “grãos de soja”, principal produto do complexo, renderam US$ 220,8 milhões no acumulado de janeiro a junho.
Em terceiro lugar aparece o complexo de carnes que, assim como o de soja, impactou o resultado das exportações com crescimento de 28,2% no valor exportado, comparando o primeiro semestre de 2007 com o mesmo período de 2006. Da mesma forma, contabilizou aumento do volume exportado, registrando 171,5 mil toneladas e 9,1% de incremento se comparado com os seis primeiros meses do ano passado, quando foram embarcadas 157 mil toneladas.
Maiores mercados
O principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, que importou US$ 156 milhões no primeiro semestre deste ano, sendo que em 2006 o valor total exportado foi de US$ 125,8 milhões, representando aumento de 24%. Quanto ao volume, o total embarcado foi de 581 mil toneladas, com aumento de 11% em relação ao volume exportado de 524 mil toneladas de janeiro a junho de 2006. O principal produto exportado para a China foi “grãos de soja”. No grupo dos países importadores aparecem, em seguida, os Países Baixos, Alemanha e Rússia.
No primeiro semestre de 2007, o estado que mais exportou foi São Paulo, sendo responsável por 39% do total exportado, ou seja, US$ 567 milhões. Além disso, SP apresentou um crescimento de 28,3% frente ao mesmo período de 2006. Os principais produtos vendidos foram “outros açúcares de cana, beterraba, sacarose” (US$ 327,7 milhões), “álcool etílico” (US$ 119,6 milhões) e “ açúcar de cana bruto” (US$ 55 milhões).
Ao mesmo tempo, o Porto do Rio de Janeiro foi o que apresentou maior crescimento, cerca de 3.690%, saindo de US$ 52 mil para US$ 1,9 milhão. Este aumento ocorreu em virtude, principalmente, das exportações de “leite integral em pó”. No primeiro semestre de 2006, não houve registro de exportações. Já em"