Exportações e Consórcios foram temas de Encontro de Mercado para Cooperativas de Minas
Entre as autoridades presentes ao Encontro, estiveram os secretários de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero e o de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto. De acordo com Portocarrero, o Brasil se destaca no cenário mundial, principalmente no setor de alimentos, mas precisa trabalhar a idéia de começar a estabelecer suas regras e preços ao mercado. “Programas de qualificação e certificação em nosso meio são essenciais, caso contrário, mesmo com todo o potencial do país, ficaremos para trás”. Segundo ele, o cooperativismo tem o grande desafio de promover uma política de qualidade para o consumidor brasileiro e não apenas para o exterior.
As palestras realizadas durante o evento apresentaram aos participantes, dirigentes e técnicos de cooperativas, representantes do poder público e outras entidades ligadas ao agronegócio, ferramentas e funcionalidades da exportação. Em sua exposição, o analista de comércio exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Eduardo Weaver, afirmou que a internacionalização de produtos é uma alternativa às dificuldades de venda no mercado interno, com melhor aproveitamento da capacidade produtiva, além da viabilização de preços mais rentáveis e redução da carga tributária. Para ele, conhecer o mercado para o qual se deseja exportar é fundamental. “Os investimentos devem ser norteados pela cultura do país importador e as empresas precisam se conscientizar dos benefícios das exportações”, ressaltou.
Escola de competitividade
Minas Gerais é o segundo Estado que mais exporta no país. Com o objetivo de melhorar esse quadro, o Encontro abriu caminho para importantes discussões na busca pela ampliação de mercados para os produtos de cooperativas. “Quem quiser entrar no mercado de exportação não pode se aventurar, porque o processo é contínuo. Improvisos não têm espaço nesse segmento, por isso vemos muitas oportunidades no campo das cooperativas”, relatou o coordenador da área de comércio exterior da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Accacio Santos.
O coordenador do Núcleo de Integração para Exportação do Ministério da Agricultura (NIEX), Daniel Amin, enfatizou que o agronegócio é o último setor que está se internacionalizando. Segundo ele, o Brasil coloca seus produtos, dos mais diversificados gêneros, no mercado internacional há muito tempo, mas é necessário qualificação e conhecimento para se impor e não se deixar levar pelas regras de mercado. Explicou ainda a importância da formação de consórcios, existentes no projeto de Desenvolvimento da Integração para Exportação. “Pretendemos, efetivamente, ampliar a base brasileira de exportações e diversificar a pauta. A intenção é que mais gente participe desse processo e que produtos mais diferenciados consigam, também, ascender ao mercado internacional. O consórcio é um instrumento novo, associativo, que permite a união de produtores individuais, de cooperativas e inclusive de diferentes elos da cadeia produtiva do agronegócio”.
Outro assunto abordado durante o encontro foi a “A importância do Sistema de Inteligência Comercial da Organização das Cooperativas Brasileiras para a promoção comercial das cooperativas”. Trata-se de um sistema de informações que permitirá mapear toda a demanda de oferta de produtos oriundos de cooperativas no Brasil. A palestra foi apresentada pela técnica da gerência de Mercados da OCB, Patricia Medeiros
Com a iniciativa, o Sistema Ocemg/Sescoop-MG espera fomentar a formação de alianças e ações estratégicas entre as cooperativas mineiras para alcançar resultados como economia de escala, racionalização de custos, aumento de competitividade e melhores condições de acesso aos mercados internacionais. (Fonte: Ocemg)