Fórum debate cooperativismo e APLs em SP
“É por meio da eficiência econômica que existe a eficácia social, não o contrário”. A declaração foi do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, hoje (8/12) no 61º Fórum de Debates Projeto Brasil, em São Paulo (SP). “O cooperativismo está presente em todos os estados da federação, em 1.751 municípios. Exportamos em 2007, R$ 3,3 bilhões ou 6,5% do PIB. Em 2008 seguramente fecharemos com R$ 4 bilhões em exportações”, declarou.
Freitas, que participou do painel “O cooperativismo revigorado”, ressaltou que o setor faturou em 2007 cerca de R$ 72,2 bilhões. “Devemos ultrapassar os R$ 80 bilhões neste ano com variações interessantes: de 1994 para 2007, são nossas melhores estatísticas – foi quando começamos o processo de revigoramento, conseguimos aumentar em 107% o número de cooperativas. Aumentamos em 163% o número de associados e em 109% o número de empregados”, completou o presidente do Sistema OCB.
De acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o setor cooperativista emprega hoje 250 mil pessoas em todo o País, atua em 13 ramos diferentes, sendo que o mais tradicional é o agropecuário, que existe há 115 anos.
O principal produto exportado é do complexo sucroalcooleiro com 33% da pauta de exportação, seguindo-se (26%) o complexo de soja, enquanto o setor de carnes responde por 20% das exportações das cooperativas. Freitas salientou ainda que 46% de tudo que se produz na agropecuária brasileira passa por uma cooperativa. “As cooperativas estão ampliando essa participação na ordem de 10% ao ano, principalmente nos produtos especiais”.
A grande diferença da cooperativa é que ela não fica no mercado de commodities, ela entra nos mercados especializados, nos chamados nichos de mercado, que Freitas prefere chamar de tendências.
Outro ponto que o presidente da OCB destacou foi o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que tem sido fundamental no aprimoramento dos associados.
Crédito – “Somos uma economia social e não solidária – nós nos diferenciamos de uma empresa comercial porque o capital são pessoas, é a capacitação, formação de pessoas, preparação de funcionário, formação de líderes – nos últimos dez anos o foco do investimento”, disse Freitas.