Fórum destaca papel do cooperativismo no Mercosul
A importância do cooperativismo no Mercosul e a questão do gênero foram destaques nas discussões do 1º Fórum Nacional de Cooperativismo e Associativismo, nesta quinta-feira (20). O encontro que termina nesta sexta-feira (21/11), é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
A presidente da Confederação Paraguaia de Cooperativas (Conpacoop), Myriam Baez, ressaltou que as cooperativas daquele país são responsáveis por 85% da produção leiteira, 29% do Produto Interno Bruto Agropecuário, e 40% das exportações. “Os produtos das cooperativas beneficiam 32% por cento da população”, informou. Com relação ao percentual de cargos, como cargos de direção nos órgãos, 80% são ocupados por homens e 20% pelas mulheres.
Segundo a representante da Federação de Cooperativas de Produção do Uruguai, Beatriz Caballero, a população do país é de apenas três milhões de habitantes, mas a maioria ocupa espaço importante nas cooperativas de trabalho. “Precisamos de políticas públicas específicas para acabar com as desigualdades do gênero”, enfatizou.
Na Argentina, 15 milhões de pessoas estão filiadas às 16.500 cooperativas, de acordo com informações do Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social da Argentina (Inaes). O diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), Paulo Roberto da Silva, ressaltou que os países que compõem esse bloco devem se unir para trabalhar pela inclusão social e por uma sociedade mais justa e fraterna, sem levar em conta as fronteiras que dividem os países.
Palestra - “O desenvolvimento igualitário e sustentável, com anseios compartilhados entre homens e mulheres, é o caminho para se ter equilíbrio entre os gêneros”. A opinião é da especialista e mestre em Ciências Sociais, Moema Viezzer, palestrante desta desta quinta-feira (20). Para Viezzer, é preciso retomar, entre homens e mulheres, valores femininos como afetividade, cuidado, cooperação e responsabilidade. “O cooperativismo pode se tornar um espaço privilegiado para o resgate desses valores e ter como resultado o masculino e o feminino em equilíbrio”, ressaltou. (Fonte: Mapa)