Falta de subsídios ameaça cooperativas de reciclagem de Goiás

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Sem voltar a receber o subsídio da prefeitura de Goiânia (GO), seis cooperativas ameaçam parar suas atividades para o projeto de coleta seletiva criado na capital pela própria prefeitura. A coordenação do projeto, iniciado em maio do ano passado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), está agora a cargo da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), que suspendeu a verba destinada às cooperativas desde janeiro deste ano.

Segundo José Iramar, representante em Goiás do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), as cooperativas recebiam R$ 2,5 mil mensais para bancar o aluguel dos galpões, água, energia e telefone, já que a renda mensal dos catadores não cobre os custos de manutenção. Ele informa o ganho médio dos trabalhadores gira em torno de R$ 340 a R$ 360. José Iramar diz que os catadores já procuraram a Semas, mas receberam como resposta a alegação de que “o trabalho feito pela categoria não tem caráter social” e que havia “irregularidades” nos contratos.
 
“Nós trabalhamos recolhendo lixo para ser reciclado, ajudamos a preservar o meio ambiente, além de gerarmos emprego e renda. Isso não é um trabalho para a sociedade?”, questiona. Segundo ele, as cooperativas ainda funcionam pela “compreensão” dos proprietários dos galpões e da ajuda da própria comunidade. O representante dos catadores disse que vai ao Ministério Público (MP) cobrar providências. (Fonte: OCB/GO)
 

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