Fecoagro quer recursos para calcário no Plano de Safra

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“Se não houver o financiamento corre-se o risco do programa ser interrompido.” A afirmação foi feita pelo diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro), Ivan Ramos, que esteve nesta terça-feira (20/5), em Brasília (DF), para tratar da oferta de crédito destinado ao programa Moderagro-Cooperativa, o antigo Prosolo, para aquisição de calcário pelas cooperativas agropecuárias daquele estado.

 

Os representantes dos agricultores catarinenses tiveram audiência no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para negociar a inclusão do calcário do Moderagro-Cooperativa, no Plano Agrícola e Pecuário 2008/09. Santa Catarina dispõe do Programa Estadual Terra Boa, mais conhecido naquele estado como Troca-Troca. Dezesseis cooperativas catarinenses demandam cerca de 200 mil toneladas de calcário, correspondentes a R$ 9 milhões, justifica a Fecoagro.

 

O programa que a Federação realiza junto com o governo do Estado há cerca de dez anos, foi interrompido em 2007, o que poderá comprometer o desempenho agrícola de Santa Catarina. Segundo Ramos, dois terços do custo do calcário são subsidiados pelo governo estadual. “A cooperativa compra agora, e financia com prazo para o agricultor quitar sua dívida”, explica ao assinalar que a tonelada de calcário custa R$ 62 em média, já incluído o frete. Esse valor corresponde a duas sacas de milho que o agricultor paga ao preço de R$ 28.

 

O governo de Santa Catarina arca com a diferença entre esses valores para estimular a produção de milho, hoje em torno de 4 milhões de toneladas para uma demanda aproximada de 5,5 milhões de toneladas. “Se o produtor for pagar o calcário, este sairá por R$ 68 a tonelada ou até mais um pouco, dependendo da distancia, enquanto o preço sem frete situa-se na faixa de R$ 12 a tonelada”, explicou o representante da Fecoagro,  

 

Ramos integra a delegação de Santa Catarina que conta com a participação do secretário de Agricultura, Antônio Ceron, os deputados federais Cláudio Vignatti e Odacir Zonta, também presidente da Frente Parlamentar do Coopertivismo (Frencoop), bem como Valdir Colato, presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

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