Governo do Paraguai busca parceria com setor cooperativista do Paraná
Curitiba (9/3) - “Estamos dispostos a estreitar relações com empresas paranaenses e temos todo interesse de que isto aconteça diretamente com o sistema cooperativo, modelo de empreendimentos de sucesso”. Esta afirmação foi feita na manhã de sexta-feira (6/3), pelo diretor de investimentos do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, Carlos Paredes, durante visita a sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Ele veio acompanhado do adido comercial no Brasil, Sebastian Bogado e dos assessores Júlio Enrique Romero Ferreira e Hiram Silva Souza. O grupo foi recebido pelo superintendente adjunto, Nelson Costa, pelo assessor técnico, Alexandre Monteiro e pelo coordenador de comunicação, Samuel Zanello Milléo Filho.
Paredes fez uma rápida apresentação da Rede de Investimentos e Exportações (Rediex), órgão do ministério que tem por objetivo implementar um Plano Nacional de Exportação do setor produtivo interno e buscar parcerias externas para novos investimentos no Paraguai. “Estamos aqui para falar um pouco sobre as intenções deste novo governo e também conhecer como é o trabalho das cooperativas e de que forma elas podem também fazer negócios em nosso país. Temos uma série de atrativos como impostos e toda infraestrutura necessária para que novas indústrias lá se instalem, especialmente no setor do agronegócio, produção de alimentos, queremos entrar no setor de exportadores de produtos industrializados também”, frisou.
MISSÃO – Carlos Paredes informou que no mês de abril uma missão do governo Paraguaio pretende vir ao Paraná e aproveitou para que nesta oportunidade seja incluída algumas visitas em cooperativas que atuem nas áreas de frango, suínos e peixes. “Temos muito interesses em conhecer essas estruturas e realizar negócios e ver de que forma as cooperativas podem se integrar a esta nova fase”, lembrou. O superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa aproveitou para solicitar que o governo paraguaio receba neste ano uma comitiva de dirigentes cooperativistas e empresários do setor industrial do estado para conhecer melhor as regiões onde o país oferece oportunidades.
CONFLITOS – Sobre os conflitos que ocorreram no passado em relação aos brasiguaios, Paredes afirma que isto ficou no passado: “temos hoje uma lei que garante toda segurança jurídica para que novos investimentos aconteçam e que produtores brasileiros também se instalem no Paraguai com a maior tranquilidade com a proteção do governo”.
IMPULSO ECONÔMICO – Conforme um levantamento realizado no ano passado pelo Instituto Alemão IFO e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Paraguai figurava no topo da lista de países com melhor crescimento econômico na América Latina ao lado da Colômbia. Na sondagem realizada em abril de 2014, o ICE do país foi de 135,8. O índice do Brasil, que estava na 9.ª posição, era de 82,5. Em 2013 o Paraguai havia alcançado o terceiro maior crescimento econômico do mundo, com 14,1%.
MAQUILA – O grupo também falou sobre a Lei de Maquila (nº 1.064/2000) que prevê isenção de impostos para importar maquinários e matéria-prima. Quando a mercadoria manufaturada deixa o país, o imposto incidente corresponde a 1% sobre o valor da fatura de exportação. Esta Lei, inspirada numa experiência do México faz com que o Paraguai nos últimos anos tenha crescido acima da média mundial, devido à procura de muitas indústrias americanas e também brasileiras que importam peças e componentes de outros países e montam em terras paraguaias e depois sejam exportados com benefícios fiscais. (Fonte: Assimp Sistema Ocepar)