Governo e parlamentares debatem as perspectivas da agropecuária
Em reunião nesta quarta-feira (10/12), entre os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, com parlamentares e lideranças do agronegócio foi dado o primeiro passo para adoção de medidas estruturantes que garantam a estabilidade do setor rural brasileiro. Em pauta os problemas e gargalos que podem comprometer o futuro da agricultura brasileira.
Entre os pontos de maior preocupação levantados pelos congressistas, membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), estão às dificuldades para obtenção de crédito rural, falta de uma política agrícola eficiente, entraves da legislação ambiental, dependência da importação de fertilizantes, alta tributação sobre insumos e falta de garantia de preços mínimos.
O deputado federal Luis Carlos Heinze disse que o governo federal deve pensar em um projeto de agricultura que proporcione renda e o aumento da produtividade. “Mesmo sem lucratividade e incentivos governamentais o agricultor brasileiro tem feito milagres para produzir e garantir o superávit da balança comercial do país. Agora é hora do governo dar a sua contribuição para o desenvolvimento da produção e a manutenção do homem no campo”, afirmou.
Entre os pontos que devem ser enfrentados com urgência, segundo o parlamentar gaúcho, estão à redução dos tributos que incidem sobre o diesel e outros insumos, bem como o estabelecimento de uma política de produção de fertilizantes. “Se conseguirmos reduzir 50% dos impostos cobrados no valor do diesel, o custo de produção da lavoura diminuirá bastante. Além disso, é preciso equiparar os preços das máquinas e implementos agrícolas vendidos nos países do Mercosul, pois há uma grande diferença entre o valor de tratores comercializados na Argentina e no Brasil”, ressaltou.
Para o deputado Odacir Zonta, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) o cooperativismo bem organizado pode representar uma boa fonte de renda para os produtores”.
Na opinião do deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), a classe média rural está ameaçada de desaparecer. Segundo ele, o modelo agrário privilegia somente os grandes produtores. “O Brasil não possui uma política agrícola, mas, sim, planos de safra. A cada ano que passa o governo disponibiliza recursos e define a taxa de juros para os produtores. Os grandes produtores se protegem das crises com mais facilidade”, salientou. (Fonte: Assessoria Parlamentar)
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