Governo quer usar cooperativa para ampliar oferta de crédito


As cooperativas de crédito são reconhecidas pelo atual governo como um dos pilares da sua política destinada a fortalecer o mercado interno e o consumo popular mediante a ampliação da oferta de crédito. A afirmação consta da primeira de uma série de reportagens especiais produzidas pela Agência Brasil, órgão oficial do governo, divulgada hoje.

A reportagem, que trata das limitações de crédito no país, hoje da ordem de 29% do PIB, contra 142% na China e 113% em países da Europa, assinala que "foi para resolver esse problema que o governo federal estabeleceu nos últimos anos um plano de apoio às microfinanças e o microcrédito". O microcrédito é o tema da campanha do Dia Internacional do Cooperativismo, que este ano será comemorado em 2 de julho.

Na semana passada, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reuniu-se com o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Ricardo Berzoini, que se manifestou favoravelmente à aprovação de uma lei que assegure às cooperativas de crédito acesso a recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), reivindicada do ramo. "O MTE não faz óbice a essa reivindicação", disse o ministro durante audiência em que estava também o Deputado Odacir Zonta (PP-SC), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

A reportagem explica que as cooperativas funcionam como bancos, prestando serviços como poupança, cartão de crédito ou cheque especial. "A diferença é que aqui o público é "associado" e não cliente. Isso significa que ele também participará da gestão dessa instituição, que não é destinada a obter lucro. O resultado de tudo isso são juros mais baixos e empréstimos de prazo mais longo e em melhores condições de negociação". As cooperativas de crédito têm hoje 2 milhões de associados e seus empréstimos ultrapassam a casa dos R$ 8 bilhões, segundo dados do Banco Central.

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