Grupo técnico defende quatro pontos essenciais para renegociação da dívida rural
Representantes do grupo técnico responsável pelo processo de renegociação apresentaram tais pontos também em coletiva realizada no início da manhã, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Esse comitê é formado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), comissões da Agricultura da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e frentes parlamentares do Cooperativismo e da Agropecuária.
A intenção do grupo é que a taxa de juros, praticada em 6,75% no ano passado, passe para 4% fixa nível compatível com a rentabilidade do setor. A avaliação mostra ainda que grande parte da dívida, estimada em R$ 87 bilhões, vence em quatro anos. Por isso, a necessidade de alongamento do prazo de pagamento por até 17 anos, com comprometimento máximo de 5% da produção bruta. Quanto aos valores renegociados, entidades e parlamentares defendem um prazo maior de carência, de pelo menos um ano para início do pagamento. A proposta do governo não previa esse prazo. No documento, chama-se atenção ainda para depuração justa das dívidas, sem encargos contabilizados anteriormente.
“O objetivo é que essas medidas viabilizem o pagamento da dívida rural e dêem condições ao produtor de custear a nova safra e, ao mesmo tempo, recapitalizar. A partir desse cenário, o agricultor conseguirá investir, agregar valor e obter resultados ainda melhores para o setor”, ressalta o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Na próxima segunda-feira (31/3), representantes do grupo técnico se reúnem novamente com os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Fazenda, Guido Mantega, para ajustar uma proposta definitiva de renegociação do endividamento rural.