imagem site coop

Indicadores serão lançados no Capacitacoop



Brasília (11/7/19) – Ter indicadores que comprovem a efetividade de ações e investimentos é a forma mais segura de evidenciar a eficácia da gestão de um negócio, independentemente do setor econômico. É por isso que o Sistema OCB está concluindo a formatação de um pacote de indicadores institucionais a ser utilizado tanto pela unidade nacional quanto por suas organizações estaduais.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, os indicadores são importantes ferramentas de gestão interna, pois contribuem para uma maior clareza quanto ao direcionamento institucional e para a pactuação de metas, permitindo, também, a avaliação da execução da estratégia proposta e do próprio modelo de atuação.

“Favorecem [os indicadores], também, a geração de informações, de forma a mensurar e comunicar a contribuição do Sistema OCB para o fortalecimento do modelo cooperativista, além da transparência perante as cooperativas, a sociedade e demais partes interessadas”, avalia o superintendente.

 

CAPACITACOOP

Os indicadores do Sistema devem ser lançados oficialmente na próxima semana (de 16 a 19), durante evento nacional de capacitação, em Brasília, que contará com a participação de dezenas de técnicos das organizações estaduais do Sistema OCB.

 

ENTREVISTA

Renato Nobile é o entrevistado desta semana e falou um pouco mais sobre os indicadores. Confira!

 

Como surgiu o projeto dos indicadores?

Com objetivo de garantir uma atuação sistêmica e otimizar o resultado do trabalho realizado pelas três casas (OCB, Sescoop e CNCoop), foi elaborado o Plano Estratégico do Sistema OCB 2015-2020, com a definição de indicadores para a mensuração da estratégia. Porém, estava faltando implementar o processo de monitoramento dos resultados em nível nacional.

Dessa forma, o projeto de implementação dos indicadores institucionais foi iniciado em setembro de 2017, com a participação de representantes das Unidades Estaduais, além da Unidade Nacional, e consistiu na priorização de indicadores, considerando o melhor custo-benefício para definição de processos de coleta e registro dos dados nacionais, além do processo de monitoramento.

Foram utilizadas as seguintes premissas: relevância para a tomada de decisão, custo reduzido de implementação e, por fim, mensuração de resultados nos âmbitos nacional e estadual.

 

Porque é importante ter indicadores?

Os indicadores são importantes ferramentas de gestão interna, pois contribuem para uma maior clareza quanto ao direcionamento institucional e para a pactuação de metas, permitindo a avaliação da execução da estratégia proposta e do próprio modelo de atuação. Ainda, favorece a geração de informações, de forma a mensurar e comunicar a contribuição do Sistema OCB para o fortalecimento do modelo cooperativista, além da transparência perante as cooperativas, a sociedade e demais partes interessadas.

 

Considerando que os indicadores abrangem todo o Sistema OCB, qual o papel das unidades?

O Sistema OCB tem um plano estratégico sistêmico, que abrange todas as unidades (nacional e estaduais) do Sescoop, da OCB e da CNCoop. Assim, todos agimos em torno de um propósito comum, buscando alcançar a visão do cooperativismo, cada um cumprindo sua missão e atuando para alcançar seus objetivos estratégicos, uma vez que a qualidade dos nossos resultados e indicadores depende do comprometimento de todos.

No caso das unidades estaduais, é importante destacar que elas são responsáveis pela qualidade e disponibilidade do dado. Cada uma tem a responsabilidade de registrar e classificar – correta e tempestivamente – os dados para os indicadores, utilizando-se dos conceitos padronizados nacionalmente. Vale ressaltar que cabe à unidade nacional a consolidação de todos os dados e, ainda, a disponibilização dos referenciais comparativos em nível regional e, também, nacional.

 

Quantos e quais são esses indicadores?

Iniciamos a implantação em 2017 com um painel de 41 indicadores, sendo: 15 para o Sescoop, 14 para a OCB, três para a CNCoop e outros nove, compartilhados. Como o monitoramento de indicadores é um processo novo para o Sistema OCB, espera-se o constante aprimoramento, a partir das medições e ajustes, principalmente nesse momento de implantação.

A fim de promover o alinhamento de conceitos e de processos, foi estruturada a série Cadernos de Indicadores do Sistema OCB.

 

Por falar nisso, qual a importância do alinhamento de conceitos com as unidades?

É fundamental que todas as pessoas que trabalham com os dados do Sistema OCB tenham clareza, estejam alinhadas e adotem o mesmo conceito, para que as medições sejam uniformes e confiáveis. Os indicadores ajudam a promover mudanças significativas dentro das organizações, pois possibilitam não só medir os resultados alcançados como também entender cada processo mais profundamente. Por isso, se o indicador mostrar um resultado errado, as decisões serão tomadas a partir de premissas erradas. O que queremos é evitar que isso ocorra.

 

Com relação à série Cadernos de Indicadores do Sistema OCB, poderia fazer um breve resumo?

O trabalho de implementação de indicadores de desempenho em uma organização é desafiador e exige um conjunto de conhecimentos, processos, práticas e decisões. Para facilitar a consulta ao material do trabalho e dar mais destaque a cada conteúdo produzido, o Sistema OCB elaborou seis cadernos com a seguinte proposta:

 

  • Caderno 1: Fundamentos e etapas para a Implementação de Indicadores de Desempenho

Trata dos principais conceitos envolvendo indicadores e sua implementação, descreve o processo de implementação em nove etapas e aborda alguns pontos importantes do processo de integração entre a implementação dos indicadores de desempenho com o planejamento estratégico da organização.

 

  • Caderno 2: Diagnóstico da Situação Atual

Apresenta o resultado do diagnóstico da situação atual com relação a indicadores de desempenho no Sistema OCB, fruto de duas atividades principais: uma pesquisa on-line com todas as unidades estaduais, realizada em julho de 2018, com o objetivo de identificar os principais conceitos utilizados, as ferramentas e os processos adotados; e visitas presenciais a cinco estado (Espírito Santo, Amazonas, Pernambuco, Goiás e Paraná), com o intuito de identificar como era a coleta, o registro e o tratamento dos dados necessários à produção dos indicadores de desempenho.

 

  • Caderno 3: Fichas Técnicas dos Indicadores de Desempenho

Contém a ficha de todos os indicadores selecionados para serem implementados na primeira fase do trabalho, com detalhes sobre os conceitos envolvidos, a fórmula de cálculo, periodicidade, responsáveis, procedimentos de coleta, entre outros aspectos relevantes para a implementação.

 

  • Caderno 4: Compêndio de Boas Práticas em Indicadores de Desempenho

Reúne 10 boas práticas relacionadas a indicadores em organizações que trilham o caminho da excelência em gestão. Os exemplos foram extraídos da Comunidade de Boas Práticas da FNQ e todos passaram por um processo de aprovação de conteúdo pela Equipe Técnica da FNQ e receberam certificado após o processo.

 

  • Caderno 5: Indicadores Mais Utilizados

Apresenta uma lista genérica de indicadores mais utilizados em diferentes e diversas instituições, em três grandes áreas e subáreas: partes interessadas (controladores, acionistas, financiadores e indicadores econômico-financeiros), modelo de negócio (cadeia de valor e fornecedor) e gestão do desempenho (ativos, recursos e competências). O objetivo é apoiar a construção do sistema de indicadores pela aplicação do pensamento análogo, bem como estimular sua pesquisa e descobrir outros e novos indicadores.

 

  • Caderno 6: Medidas para a Implementação de Indicadores – Unidade Nacional

Apresenta oito medidas recomendadas para a implementação do sistema de indicadores de desempenho no Sistema OCB, dada a situação atual diagnosticada. Lista também as premissas necessárias para o sucesso da implementação e as condições que delinearam as soluções recomendadas.

 

Sobre o monitoramento dos indicadores, como é possível garantir a qualidade dos dados recebidos das unidades estaduais? É preciso que as ferramentas sejam padronizadas?

É preciso que os conceitos utilizados para o registro dos dados sejam padronizados. As ferramentas preferencialmente precisam ser as mesmas, para que o dado seja transmitido de forma tempestiva e contemple todos os atributos necessários para constituir o indicador, além de viabilizar a consolidação dos dados em âmbito nacional, realizar as medições e os relatórios de resultados. A própria organização estadual deverá avaliar os resultados dos indicadores, para que sejam feitas as devidas correções, seja no processo ou na ferramenta de coleta. Reconhecemos que várias unidades já possuem ferramentas próprias, é por isso que o maior desafio será a consolidação de uma padronização em nível nacional.

 

Os resultados devem ser avaliados de quanto em quanto tempo?

Para alguns indicadores, é possível a medição mensal. Porém, todos terão um recorte anual, como forma de mensurar os resultados propostos para cada ano e comunicar à sociedade. Os resultados embasarão as reuniões dos tomadores de decisão.

 

Após elaborados, qual o próximo passo para a implementação desses indicadores?

Será realizada uma capacitação nacional, durante a edição 2019 do Capacitacoop, sobre os conceitos e processos de coleta de registro dos dados a serem padronizados em todos os estados. Além disso, serão elaborados relatórios de resultados periódicos, a fim de verificar o grau de aderência aos conceitos adotados. Em 2020, será realizado um workshop de resultados do Sistema OCB.

Conteúdos Relacionados