Intercâmbio Brasil-Itália incluirá OCB/AM
O acordo existente entre Brasil e Itália, realizado entre a Presidência da República, Legacoop Toscana (Itália) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), será ampliado para atender o Amazonas. O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM), Petrucio Magalhães Júnior, a diretora de Desenvolvimento Regional da Suframa, Eliany Gomes, e o gerente do Sebrae/AM, Vicente Schettini, estão na Itália, representando às instituições em um evento em Tocana. Eles farão parte do acordo que deverá ser assinado durante a realização da Assembléia Geral da Aliança Cooperativista Internacional (ACI), em novembro, em Genebra (Suíça).
Para Magalhãs Júior, o acordo poderá trazer grandes avanços ao cooperativismo amazonense. “A tradição cultural e a eficiência em gestão das cooperativas italianas são experiências que podem agregar no cooperativismo amazonense”, comentou. Segundo o dirigente, a comitiva já visitou a Cooperativa Cellini, em Prato. Do Ramo Trbalho, a organização tem como cooperados engenheiros elétricos e mecânicos de alta tecnologia.
O grupo também estive na cooperativa agroindustrial Il Forteto, formada por 60 associados em regime de comuna, ou seja, que moram em habitações comuns com a família, e 40 cooperados que possuem suas áreas individuais e entregam suas produções na cooperativa. Sua principal atividade é a produção de derivados lácteos provenientes de ovelhas. Na Europa, existem 171 organizações cooperativas, 250 mil sociedades cooperativas e 160 milhões de pessoas associadas.
Petrucio Magalhães Júnior ressaltou a importância do encontro. "Esse será um fator impulsionardor ao movimento cooperativista no Amazonas, uma vez que a OCB/AM está em um momento de fomentar as ações no setor primário, no interior do estado".
Ao mesmo tempo, o dirigente amazonense salientou que é preciso estímulo do governo à formação de cooperativas no interior. "O governo italiano apóia o movimento cooperativista, principalmente nos investimentos iniciais da cooperativa. Depois de certo tempo, a organização passar a ser tratada como outra empresa qualquer, paga seus impostos e contrata seus empregados equiparados a outras instituições", disse. "Se conseguirmos sensibilizar o governo para que isto seja feito também no Amazonas, poderemos gerar mais emprego e renda onde for criada uma cooperativa”, complementou.
Um outro aspecto apontado por Magalhães Júnior foi a legislação. No Brasil, ainda não existe uma lei que incentive o funcionamento das cooperativas. “Na Itália, a lei existe e é cumprida literalmente. Tem previsão legal para todos os seguimentos de cooperativas. O Ramo Trabalho, por exemplo, não enfrenta mais nenhuma dificuldade com a justiça porque existe uma lei especifica que trata do assunto”, concluiu o dirigente. (Fonte: OCB/AM)