Investimento em parque leiteiro faz cooperados planejarem exportação
Um investimento alto e inédito no cooperativismo do Amazonas está dando novos ares aos produtores de leite e laticínios da Cooplam (Cooperativa dos Produtores de Leite da Região do Autaz Mirim), localizada da comunidade Vila do Novo Céu, no município de Autazes.
Responsável por alimentar uma fatia importante do mercado local, a Cooplam adquiriu maquinários e investiu na construção do seu parque produtivo para concretizar o objetivo de conquistar de vez o mercado local e também levar seus produtos para outros estados do País. Atualmente, 43 cooperados estão associados, mas cerca de 150 famílias trabalham junto à organização, fornecendo itens à cooperativa, quando necessário.
De acordo com o presidente da cooperativa, Manoel Maia, o investimento atual está na ordem de R$ 2 milhões, cerca de R$ 1,3 milhão para a compra de equipamentos e R$ 700 mil para a criação do parque.
As máquinas adquiridas, vão possibilitar a fabricação de queijo tipo coalho proveniente de rebanhos bubalino e bovino, doce de leite, iogurte, provolone, mussarela e ricota. Hoje, toda produção desses tipos de laticínio vêm do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. “Atualmente, não se compra queijo mussarela, em Manaus, por menos de R$ 25. A ideia é que possamos produzir o mesmo tipo de queijo, com a mesma qualidade, por um preço médio de R$ 15”, sugeriu o presidente.
Entre os maquinários estão uma caldeira, uma queijomatic, (máquina automatizada para o aprimoramento do queijo coalho industrial de bovino e bubalino), prensas pneumáticas (que compactam o queijo prato, minas e frescal) e também um pasteurizador de leite e máquina para produzir iogurte. Há também uma máquina para produção de doce de leite, manteiga e produção de ricota. Uma empacotadora, uma máquina para corte e produção de leite ensacado in natura também foram adquiridos.
Dentro de um período de 30 dias, técnicos responsáveis pela montagem do maquinário virão de Goiás (GO) para Manaus, a fim de concluir o trabalho de montagem do material.
A metragem do espaço, onde serão instaladas as máquinas, já foi realizada. A sede tem um galpão de produção do queijo e derivados e outro prédio, onde funcionará o escritório do laticínio. O galpão de produção tem 15 metros de largura por 40 metros de comprimento. A sede administrativa tem 25 metros de comprimento por 08 metros de largura.
De acordo com o presidente da cooperativa, a ideia da ampliação da capacidade visa melhorar a qualidade da produção, ao passo que trabalha a abrangência e ganho de mercado. “Com uma sede própria, contaremos com um laboratório de análise de qualidade animal, que vai funcionar para avaliar a qualidade do leite. Com o laboratório, a matéria-prima só vai entrar para produção do leite se passar por exames de coliformes fecais, tuberculose ou brucelose”, explicou ele.
Parcerias - Os recursos utilizados para a ampliação do parque leiteiro são provenientes de financiamento do Banco do Brasil, um dos principais parceiros dos cooperados do leite, além do Sistema OCB/Sescoop-AM, Sebrae, Idaam e Sepror.
Com a profissionalização e estabelecendo a meta de levar seus produtos para outras regiões do País, a cooperativa, a partir da produção em escala industrial, receberá inscrição federal. “Bastará que nosso parque comece a fabricar de forma industrial, que poderemos exportar com a inscrição”, informou Maia.
O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior, disse que a Coplam é um bom exemplo de que a melhoria de renda do produtor depende diretamente da agregação de valor no produto dos cooperados. A missão do sistema é prestar todo apoio às cooperativas para profissionalizar a gestão e os processos produtivos, visando a sustentabilidade, exonomia social e ambiental dos negócios cooperativos. “Estamos felizes e convictos que os investimentos feitos na agregação de valor nos produtos derivados do leite, vai melhorar a vida dos cooperados e da comunidade”, comemorou.
(Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM)
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