Koslovski prestigia Show Rural e manifesta preocupação com o país
Curitiba (3/2) – O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi uma das autoridades presentes, nesta segunda-feira (02/02), no primeiro dia do Show Rural Coopavel 2015, em sua vigésima sétima edição. O dirigente foi recebido pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, e pelo coordenador geral do Show Rural, Rogério Rizzardi, e pelo secretário da Agricultura, Norberto Ortigara.
Segundo Koslovski, este evento, que marca a abertura do calendário do agronegócio brasileiro, é uma oportunidade para mostrar não só a pujança da nossa agropecuária mas também a força das cooperativas no Paraná. “Mais uma vez, a Coopavel está de parabéns pela excelente organização impecável, onde os milhares de agricultores são recebidos de braços abertos para poderem, com todo conforto, visitar os mais de 400 estandes que disponibilizam informações úteis para o homem do campo”, afirmou.
PREOCUPAÇÃO – Outro ponto destacado pelo presidente do Sistema Ocepar para diversos veículos de imprensa presentes no Show Rural é o momento de preocupação atual, com ameaça da volta da inflação e aumentos de impostos, que exigem cautela.
“Estamos preocupados com este momento e estamos conversando com os dirigentes do setor para que tenhamos tranquilidade. A voracidade fiscal nos três níveis, municipal, estadual e federal, é um alerta de que o caixa não está de acordo, ou seja, se gasta mais do que arrecada. Recentemente tivemos uma aprovação maciça, por parte dos deputados na Assembleia Legislativa do Paraná, de um pacote com diversos aumentos, um deles, o ICMS, que saltou de 12% para 18% para um grande número de produtos. Já a alíquota do IPVA passou de 2,5% para 3,5%, o que representa um aumento de 40%, além de outros tributos que foram reajustados e que, evidentemente, irão refletir no consumo e poderão acarretar em menos produção e mais desemprego. O mesmo ocorreu com o aumento do IPTU, da gasolina, energia, etc. Um momento de instabilidade nacional e que precisamos observar”, frisou o dirigente.
AGRONEGÓCIO – Koslovski também afirmou que outra preocupação é com relação às políticas públicas para o agronegócio. “O setor tem sido o carro-chefe da economia, gerou um superávit de 80 bilhões de dólares na balança comercial. Se não fosse isso, teríamos um déficit de 84 bilhões de dólares. Também nos preocupa a sinalização de cortes em subsídios para programas importantes de incentivo ao setor, como o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que vai representar aumento de custo para os produtores. Temos alertado que isso é ruim num momento como este. Afinal, o agronegócio tem sido um setor importante para o desenvolvimento do país e não pode ser tratado de forma diferente. Apesar deste cenário, o setor cooperativista paranaense tem mantido seus investimentos. Uma prova disso é o crescimento que tem experimentado ao longo da última década, com um crescimento superior a 10% ao ano, onde a movimentação financeira em 2014 foi superior a R$ 50 bilhões, gerando 2,2 milhões de postos de trabalho e recolhendo cerca de R$ 1,3 bilhão em impostos e tributos. Prova de que o cooperativismo acredita que o momento será superado com muito trabalho e otimismo”, destacou.