Líderes do agronegócio mostram a Lula as dificuldades do setor
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, recebeu hoje (8/6) no Palácio do Planalto, líderes da agropecuária brasileira, entre eles o presidente e o vice-presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas e Luiz Roberto Baggio, que também é representante nacional do ramo agropecuário da entidade e diretor da Ocepar, além de presidentes de entidades que integram a Rural Brasil. Na ocasião, as lideranças fizeram uma explanação detalhada sobre a crise que atinge o setor e solicitaram do Governo medidas urgentes de apoio ao campo.
Márcio Lopes de Freitas defendeu a necessidade de se fazer uma sintonia fina da agenda para eleger as prioridades com um só discurso para o setor agropecuário. Ele anunciou a realização em Brasília, no próximo dia 20, de uma reunião com as cooperativas agropecuárias para a definição de uma posição comum diante dos problemas que estão sendo enfrentados pelo setor agropecuário, cujas questões climáticas e de preços levaram a uma queda da renda este ano estimada em R$ 10 bilhões, dos quais o setor cooperativista responde pela terça parte.
Diante desses números, o presidente da OCB considera a situação da agricultura de gravíssima. ""Se perguntarmos a um produtor hoje sobre o que mais lhe aflige, ele terá dificuldade em listar todos os problemas que afetam a sua atividade. Ele sabe que teve uma perda de renda pesada, mas não sabe identificar se é resultado de uma única origem. Na realidade elas são diversas e devemos tomar cuidado na avaliação dos problemas"".
Ele afirmou que é nesta hora o governo precisa ser sensível e tomar medidas urgentes, pois a agropecuária é quem vem carregando o País nas costas, tanto na área internacional como interna. ""Tenho plena certeza de que o governo será sensível aos nossos reclamos e temos o melhor advogado que é o ministro Roberto Rodrigues e acreditamos que podemos reverter tudo isso"", destacou Márcio Lopes de Freitas.
Luiz Roberto Baggio disse que o presidente Lula foi bastante receptivo e informou aos agropecuaristas que já havia tomado conhecimento da situação através do próprio ministro Roberto Rodrigues e que providências estão sendo estudadas. Acrescentou que as lideranças rurais solicitaram ao presidente da República a implantação de quatro medidas em caráter emergencial:
1) alocação de R$ 2,4 bilhões no orçamento das Operações Oficiais de Crédito (2OC) para suporte à comercialização agropecuária na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM);
2) prorrogação dos financiamentos bancários dos empréstimos de custeio, investimento e das parcelas vencidas e a vencer em 2005 do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e da securitização das dívidas rurais;
3) alocação de recursos em linha de crédito para refinanciar dívidas dos produtores junto a fornecedores de insumos e máquinas;
4) suspensão das importações predatórias de produtos agrícolas, a exemplo do arroz, trigo e milho, no âmbito do Mercosul.
Em documento entregue ao presidente da República, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, destaca que ""a renda da agricultura, mensurada pelo Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,7% em 2004 e, para 2005, a projeção é de queda de 6% em decorrência da perda de 18,2 milhões de toneladas da produção de grãos e da redução dos preços de comercialização de importantes produtos agropecuários"".
O presidente da CNA argumentou ao presidente Lula que o setor agrícola tem sido responsável pelo bom desempenho da balança comercial e garantido alimentos a preços baixos no mercado interno, mas tem sofrido perda de renda, o que pode comprometer a capacidade de investimento em médio prazo. ""Embora a economia nacional se tenha beneficiado dos resultados do agronegócio, parte dos produtores rurais ficou alijada desse processo e encontra-se, eventualmente, impossibilitada de honrar os compromissos financeiros"", cita o documento da CNA.
Também participaram da reunião no Palácio do Planalto os presidentes de 13 Federações de Agricultura, da Sociedade Rural Brasileira (SRB), João de Almeida Sampaio; e da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Walter Potter."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, recebeu hoje (8/6) no Palácio do Planalto, líderes da agropecuária brasileira, entre eles o presidente e o vice-presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas e Luiz Roberto Baggio, que também é representante nacional do ramo agropecuário da entidade e diretor da Ocepar, além de presidentes de entidades que integram a Rural Brasil. Na ocasião, as lideranças fizeram uma explanação detalhada sobre a crise que atinge o setor e solicitaram do Governo medidas urgentes de apoio ao campo.
Márcio Lopes de Freitas defendeu a necessidade de se fazer uma sintonia fina da agenda para eleger as prioridades com um só discurso para o setor agropecuário. Ele anunciou a realização em Brasília, no próximo dia 20, de uma reunião com as cooperativas agropecuárias para a definição de uma posição comum diante dos problemas que estão sendo enfrentados pelo setor agropecuário, cujas questões climáticas e de preços levaram a uma queda da renda este ano estimada em R$ 10 bilhões, dos quais o setor cooperativista responde pela terça parte.
Diante desses números, o presidente da OCB considera a situação da agricultura de gravíssima. ""Se perguntarmos a um produtor hoje sobre o que mais lhe aflige, ele terá dificuldade em listar todos os problemas que afetam a sua atividade. Ele sabe que teve uma perda de renda pesada, mas não sabe identificar se é resultado de uma única origem. Na realidade elas são diversas e devemos tomar cuidado na avaliação dos problemas"".
Ele afirmou que é nesta hora o governo precisa ser sensível e tomar medidas urgentes, pois a agropecuária é quem vem carregando o País nas costas, tanto na área internacional como interna. ""Tenho plena certeza de que o governo será sensível aos nossos reclamos e temos o melhor advogado que é o ministro Roberto Rodrigues e acreditamos que podemos reverter tudo isso"", destacou Márcio Lopes de Freitas.
Luiz Roberto Baggio disse que o presidente Lula foi bastante receptivo e informou aos agropecuaristas que já havia tomado conhecimento da situação através do próprio ministro Roberto Rodrigues e que providências estão sendo estudadas. Acrescentou que as lideranças rurais solicitaram ao presidente da República a implantação de quatro medidas em caráter emergencial:
1) alocação de R$ 2,4 bilhões no orçamento das Operações Oficiais de Crédito (2OC) para suporte à comercialização agropecuária na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM);
2) prorrogação dos financiamentos bancários dos empréstimos de custeio, investimento e das parcelas vencidas e a vencer em 2005 do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e da securitização das dívidas rurais;
3) alocação de recursos em linha de crédito para refinanciar dívidas dos produtores junto a fornecedores de insumos e máquinas;
4) suspensão das importações predatórias de produtos agrícolas, a exemplo do arroz, trigo e milho, no âmbito do Mercosul.
Em documento entregue ao presidente da República, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, destaca que ""a renda da agricultura, mensurada pelo Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,7% em 2004 e, para 2005, a projeção é de queda de 6% em decorrência da perda de 18,2 milhões de toneladas da produção de grãos e da redução dos preços de comercialização de importantes produtos agropecuários"".
O presidente da CNA argumentou ao presidente Lula que o setor agrícola tem sido responsável pelo bom desempenho da balança comercial e garantido alimentos a preços baixos no mercado interno, mas tem sofrido perda de renda, o que pode comprometer a capacidade de investimento em médio prazo. ""Embora a economia nacional se tenha beneficiado dos resultados do agronegócio, parte dos produtores rurais ficou alijada desse processo e encontra-se, eventualmente, impossibilitada de honrar os compromissos financeiros"", cita o documento da CNA.
Também participaram da reunião no Palácio do Planalto os presidentes de 13 Federações de Agricultura, da Sociedade Rural Brasileira (SRB), João de Almeida Sampaio; e da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Walter Potter."