Lideranças gaúchas querem mais recursos para comercialização do trigo
Lideranças da triticultura gaúcha cobraram na semana passada, do diretor de programas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a liberação de mais recursos para os mecanismos de apoio à comercialização do grão. Presente no encontro, o deputado federal Luis Carlos Heinze, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), disse que só o Rio Grande do Sul precisa de R$ 600 milhões para operações de Aquisição do Governo Federal (AGF), Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) e contratos de opção.
O deputado salientou que o montante possibilitará o escoamento das 250 mil toneladas do cereal da safra velha e boa parte do produto que está sendo colhido no estado. Segundo ele, essa ajuda governamental é fundamental para melhorar o preço pago ao produtor e fazer com que o mercado funcione de forma equilibrada. “O governo precisa intervir para auxiliar os triticultores, pois a situação, mais uma vez, está no limite”, enfatizou Heinze. Bittencourt prometeu avaliar o pleito e discutir o repasse com técnicos do Ministério da Agricultura.
Além do deputado Heinze, também participaram da reunião o secretário da Agricultura, João Carlos Machado e os presidentes da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto; da Farsul, Carlos Sperotto; e da Comissão de Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.
Importações- Outro assunto discutido na audiência pelo grupo foi o aumento das importações de trigo na época da colheita no Brasil. O deputado Heinze aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% para 35%, como forma de frear a entrada de produção concorrente. “No momento em que o triticultor brasileiro está colhendo, a indústria nacional aproveita para importar a preços mais baixos prejudicando o setor. O governo precisa estabelecer salvaguardas e normas que protejam os agricultores, principalmente nesta época”, ressaltou.
Além disso, Heinze defende a adoção de medidas que corrijam as assimetrias do Mercosul e evitem a entrada do trigo argentino subsidiado.
(Fonte: Assessoria do deputado federal Luis Carlos Heinze).