Linhas de incentivo favorecem cooperativas agropecuárias no Ceará
Fortaleza (12/7/16) – Diante de uma realidade de mercado cada vez mais sedenta da ideia de sustentabilidade e, procurando economizar em seus gastos, muitas empresas estão buscando melhores alternativas na geração de energia. Uma das mais aceitas, principalmente em regiões com poucas chuvas, é a energia solar. A chamada “energia limpa” está ganhando destaque nas empresas, inclusive em cooperativas.
De acordo com o governo federal, o mundo contabilizou, ao final de 2014, uma potência instalada de geração de energia solar fotovoltaica de 180 Gigawatts (GW), 40,2 GW a mais que em 2013. Os dados constam do boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2014”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), e apontam que, em dois anos, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia solar no mundo.
No Ceará, a COOPERFAM - Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis – entrou como a primeira cooperativa a instalar um equipamento para captação de energia solar. E o melhor: sem, a princípio, ter de tirar dinheiro do próprio bolso para isso. É que a cooperativa decidiu ir atrás de informação e viu o que muitos líderes de cooperativas agropecuárias ainda não sabem: há recursos para área tecnológica, mas falta quem busque. Isso mesmo!
“A ideia de usarmos energia solar na cooperativa já vem desde 2013. Chamamos um professor da Universidade do Ceará para fazer um levantamento de qual energia alternativa seria a mais adequada para a COOPERFAM: a eólica ou a solar. Os fundos de investimento são divulgados na SDA, mas os agricultores não estão acostumados a procurar a informação. Há recursos, mas falta quem procure. É claro que passamos por uma série de burocracias, mas no final acabou dando certo”, disse Airton.
De acordo com o Presidente, a cooperativa conseguiu reunir um total de R$ 109 mil para financiar a instalação do equipamento. Ao todo são 36 placas de captação de energia solar que vão gerar uma economia de até 50% do valor pago em energia elétrica/mês na cooperativa. A expectativa é de que tudo esteja funcionando já a partir do mês de julho. Segundo Airton Kern, a intenção é que essa tecnologia chegue, também, aos cooperados. “Há cooperados que moram distante da sede da cooperativa e por isso não têm tanto acesso à rede elétrica. A energia solar seria um grande benefício a esse público.”, comentou o Airton.