Ministério da Agricultura quer fortalecer a agropecuária da região Nordeste

"

Durante reunião, o Ministério apresentou possíveis regiões que receberão investimento e sugeriu a criação de grupo de trabalho para definir prioridade



Brasília (16/4) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá formar grupos de trabalho que terão a missão de validar, desenvolver estratégias e direcionar recursos às 23 microrregiões do Nordeste, apresentadas hoje, durante reunião entre a ministra Kátia Abreu, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o presidente do Sistema OCB/CE, João Nicédio Alves Nogueira, e secretários de agricultura dos estados da região Nordeste.



Também participaram do encontro o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, a diretora do Sebrae Nacional, Heloísa Menezes, acompanhada pelos representantes nordestinos da instituição e, ainda, as federações de Agricultura e Pecuária do Nordeste. A reunião ocorreu na sede do ministério, em Brasília, e teve como pauta a apresentação do diagnóstico Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Agropecuário e Social nos Biomas do Nordeste Brasileiro, feito pelo MAPA, com apoio da Embrapa.



O documento apresentado sugere investimentos pesados no desenvolvimento de 23 microrregiões, caracterizadas pela caatinga, em três áreas prioritárias apicultura (cinco microrregiões), leite (seis microrregiões) e pecuária de ovinos e caprinos (13 microrregiões).



As microrregiões sugeridas são:



ALAGOAS: Batalha e Palmeira dos Índios

BAHIA: Euclides da Cunha e Juazeiro

CEARÁ: Baixo Jaguaribe, Cariri, Pacajus, Sertão de Inhamuns

PARAIBA: Cariri Ocidental

PERNAMBUCO: Araripina, Garanhuns, Itaparica, Pajeú, Petrolina, Salgueiro, Sertão do Moxotó e Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca

PIAUI: Alto Médio Canindé, Campo Maior e São Raimundo Nonato

RIO GRANDE DO NORTE: Pau dos Ferros

SERGIPE: Sergipana do Sertão do São Francisco



INVESTIMENTO – A expectativa é de que o governo invista cerca de R$ 1 milhão em cada microrregião. Com isso, o grupo de trabalho a ser constituído pelo ministério, contendo representantes do setor produtivo da região Nordeste, deverá decidir pontualmente a execução do orçamento e confirmar as regiões identificadas.



A ministra Kátia Abreu frisou que, atualmente, o governo federal tem buscado casos de sucesso nas áreas de gestão, austeridade e tempestividade a fim de implantá-los em seu ministério. “Não queremos inventar a roda, mas fazer o país rodar com as que já existem e funcionam muito bem. É por isso que precisamos do suporte técnico de todos para concentrar nossos recursos nas áreas que mais darão retorno ao país”, comenta Kátia Abreu.



O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que o movimento cooperativista colaborará de todas as formas possíveis para garantir o sucesso da ação do ministério. “Nós precisamos fortalecer a família rural brasileira, valorizando o esforço dessa gente incansável. Para se ter uma ideia, em 2014, 48% da safra passou por uma cooperativa, e ela é uma escada para a inclusão socioeconômica de muitas pessoas. É por isso que a equipe do Sistema OCB, aqui em Brasília, e nos estados do Nordeste estão à disposição do Ministério para contribuir com as informações necessárias”, comenta Márcio Freitas.



NÚMEROS – Segundo dados do Sistema OCB, a região Nordeste possui 384 cooperativas e 45,5 mil cooperados. O movimento cooperativo nordestino é responsável por gerar cerca de três mil empregos diretos. Em termos de produção agrícola, a Bahia é o estado com maior produção de grãos. Só de soja, o solo baiano produziu, na última safra, mais de quatro mil toneladas. A Bahia também é a grande responsável, dentro da região Nordeste, por contribuir com 29,7% de todo o algodão produzido no país.

"

Conteúdos Relacionados