Movimento cooperativista homenageia Geci Pungan
Brasília (20/4) – Além de eleger a nova Diretoria da OCB, seu Conselho Fiscal e de aprovar o relatório de atividades 2015 e o balanço patrimonial referente a 2015, a Assembleia Geral Ordinária da OCB, realizada hoje também foi o momento de render uma homenagem muito especial a um dos grandes nomes do movimento cooperativista nacional: Geci Pungan, falecido no fim de janeiro deste ano.
Sua esposa Dulcineia Coutinho Pungan e sua filha Gisele Coutinho Pungan participaram da abertura da AGO. À elas o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que, apesar da saudade deixada por Geci, é fundamental recordar de sua figura otimista, de quem gostava de ensinar, de cobrar e de lutar por um cooperativismo forte e desenvolvido.
“Gostaria que vocês recebessem esta placa de homenagem em nome do movimento cooperativista brasileiro como sinal de nossa admiração, reconhecimento e carinho por toda a contribuição que Geci proporcionou ao cooperativismo. Vocês duas representam a razão da luta de Geci durante tantos anos: o bem-estar da família”, explicou Márcio Freitas.
Emocionadas, mulher e filha de Geci Pungan agradeceram pelo carinho e reconhecimento póstumos ao esposo e pai, grande líder cooperativista.
Conheça um pouco de sua trajetória
Geci Pungan dedicou 35 anos de sua vida ao cooperativismo catarinense. Durante todo este período, a liderança fez parte de momentos históricos e vitais para o movimento cooperativista, como a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Desde 1982, quando foi admitido como auditor no extinto Instituto Técnico das Cooperativas (ITEC), demonstrou atributos que o consagrariam como um porto seguro para todos os operadores do cooperativismo em Santa Catarina – fossem dirigentes, assessores, funcionários ou associados.
Em 1988 foi elevado a coordenador geral de auditoria, onde permaneceu até 1998, tornando o ITEC (integrante do sistema cooperativista) um extraordinário instrumento de apoio e qualificação das sociedades cooperativas. Nesse ano, foi nomeado diretor superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), cargo que desempenhou até 2012, quando passou a dedicar-se ao braço instrucional do sistema: o Sescoop/SC até seu falecimento.
Sua notável competência técnica e sua firmeza de caráter lhe renderam importantes missões. Em 1998 integrou o grupo de trabalho que concebeu e criou o Sescoop, um dos mais ativos integrantes do sistema “S”, cujo surgimento na vida nacional permitiu viabilizar um gigantesco esforço de qualificação e requalificação das cooperativas brasileiras, transformando-as em organizações empresariais arrojadas e avançadas com atuação em todos os ramos da atividade econômica. Com isso, milhares de famílias tiveram renda, futuro e qualidade de vida. Teve papel fundamental no esforço de normatizar e coordenar a infraestruturação da entidade na implantação do Sescoop catarinense.
Durante muitos anos viajava semanalmente a Brasília para analisar e orientar o plano de recuperação e estruturação das cooperativas agropecuárias, o Recoop. Também teve forte presença no órgão de cúpula – a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) – como membro e presidente do conselho fiscal e no Conselho Nacional do Sescoop. (Com informações da Ocesc)