No Amapá, atuação das cooperativas valoriza produtor de açaí
Brasília (2/5/17) – Um marco para os ribeirinhos do Amapá e uma nova página na vida do povo da floresta que, a partir de agora, é dono de um negócio lucrativo, de fato. O marco desta conquista foi o desembarque de 15 toneladas de açaí certificado, vindas do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, no dia 21/4.
Um sonho construído por muitas mãos, onde tudo teve início na cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Bailique (AmazonBai) filiada à Organização das Cooperativas do Amapá (OCB/AP) que recebeu, recentemente, o selo Forest Stewardship Council (FSC), que certifica o manejo da floresta e incentiva à regularização fundiária, garantindo o manejo sustentável do produto e incentivando a segurança do trabalhador, com uso de proteção individual.
SELO
O selo foi concedido porque o açaí do Bailique corresponde às características e padrões do FSC, como benefícios sociais e viabilidade econômica. E também é uma garantia para negócios com o mercado externo, já que é possui um status de reconhecimento mundial.
NEGÓCIOS
O produto que desembarcou no Amapá está sendo processado pela Bio+Açaí, e já tem destino certo: o Rio Grande do Sul. A expectativa é que ocorram outros desembarques nas próximas semanas, para atender a outras demandas, inclusive de exportação do produto.
“Estamos extremamente felizes com esse novo momento vivido no Amapá. Fruto de um trabalho conjunto e de muita valorização do produtor”, ressaltou o presidente da AmazonBai, Rubens Gomes.
Para o presidente do Sistema OCB/AP, Gilcimar Pureza, é uma nova era que se inicia, resultado de um trabalho construído com muito compromisso. “Esse modelo de negócio liderado pela AmazonBai e a Bio+Açaí elimina a exploração da pessoa do extrativista que é responsável por manter a floresta em pé e torna mais justo o comércio do açaí, uma riqueza do Amapá”, destacou Gilcimar.
FOMENTO
A organização estadual solicitou o apoio e incentivo ao governo do Amapá para fomentar a produção de alimentos na região. As cooperativas aguardam a liberação de um financiamento do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap), para que possam modernizar e expandir esta produção no Amapá.
(Fonte: Sistema OCB/AP)