Ocepar reivindica medidas de apoio aos produtores de café do Paraná
A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) está solicitando medidas de apoio aos cafeicultores paranaenses, visando minimizar os prejuízos causados pelas geadas que atingiram as regiões produtoras de café do estado no período de 22 a 25 de julho. “Segundo informações da meteorologia, esta foi a maior onda de frio após 1975, que culminou com as denominadas tríplices geadas - branca, de vento e a negra -, afetando significativamente a expectativa de produção de café para 2014”, ressaltou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, em documento enviado aos ministros da Agricultura, Antônio Andrade, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, ao presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues dos Santos, ao secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, entre outras lideranças de governo. O Sistema OCB apoia o pleito e também está atuando junto ao Executivo para que as demandas sejam atendidas.
Pleitos – A Ocepar encaminhou três propostas. Uma delas é a liberação imediata de recursos de crédito rural com prazos de, no mínimo, cinco anos para amortização, com dois anos de carência para custeio da recuperação das lavouras afetadas. Ainda, a disponibilização imediata de recursos para aquisição do produto pelo governo federal e o lançamento de leilões de contratos de opção de venda de café aos produtores e cooperativas. “São medidas que vão contribuir com a manutenção dos meeiros, mini e pequenos cafeicultores em sua atividade, evitando o indesejado êxodo rural”, afirma Koslovski.
Reflexos - No documento encaminhado às autoridades, ele lembrou que as lavouras de café do Paraná já se encontram na fase de colheita e que os prejuízos nos 82.300 hectares cultivados no Estado terão reflexos por até três anos, pois serão necessários diferentes manejos para recuperação dos cafezais, como erradicação, recepa, esqueletamento, poda e tratos culturais. “Além disso, os reflexos das geadas são agravados por outros fatores adversos, como os baixos preços vigentes em 2013, onde o valor de mercado do café não cobre os custos de produção. Também houve excesso de chuvas no mês de junho de 2013, provocando a deterioração da qualidade e a queda de grande parte dos grãos na pré-colheita”, frisou Koslovski. (Assessoria de Comunicação da Ocepar)