Painel apresenta resultados dos Programas de MDL da OCB

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O gerente de Mercados e coordenador de Programa de Carbono da OCB, Evandro Ninaut, abriu o primeiro painel do Simpósio de mercado de carbono nesta quarta-feira (24/03), em Curitiba (PR). Ele falou sobre os resultados dos Programas de Mercado de Carbono da OCB. “São resultados parciais já que os trabalhos devem ser concluído no próximo mês de junho”, afirmou Evandro.

Apesar disso, ele considera que as metas tem sido atingidas até o momento. “O projeto tem alcançado o seu objetivo porque a ideia é fazer a difusão da informação sobre a questão de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e nós estamos conseguindo conscientizar os produtores sobre isso. É um trabalho que começou em 2007 e, até mesmo a vinda da embaixada britânica em nos apoiar e trazer aporte financeiro para o nosso projeto, significa que isso tem ressoado inclusive lá fora”, afirmou.

Governo – Evandro salientou ainda a necessidade de um envolvimento maior por parte do governo federal nessa área. “Não que o governo não queira pois está bem sensibilizado para isso. Só que a máquina do gover-no é bem pesada. Mas nós temos aqui a presença de Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério do De-senvolvimento Agrário, o Banco do Brasil. Temos outras instituições presentes mostrando que é possível fa-zer essa difusão de informação porque todos tem interesse nisso. Os produtores tem interesse na questão eco-nômica, também na questão de preservação do meio ambiente porque eles precisam dos meios naturais para sobrevida até mesmo para o futuro de seus filhos e assim por diante. E o governo até mesmo para mostrar que nós temos condições de desenvolver uma produção sustentável. Isso é um esforço global. Todos tem interesse, então nós precisamos encontrar a chave para que todos possam participar satisfeitos”, ressaltou.

Oportunidade – Ainda de acordo com o gerente da OCB, estudos revelaram que o mercado de carbono representa uma grande oportunidade de negócio para os produtores brasileiros. “O protocolo de Kyoto deu oportunidade para que os países emergentes pudessem ter o crédito de carbono, então ser beneficiado disso. Se o Brasil é um país emergente, por que não envolver o sistema cooperativista nisso? Só isso seria suficiente. Agora, quando você faz estudos de impacto de mercado demonstra claramente que a médio e longo prazo é possível realmente obter retorno financeiro. Isso é renda para o produtor. Então nós estamos ampliando a renda do produtor, ou seja, estamos reduzindo o custo de produção dele”, completou.

Cooperativas – Em sua explanação, Evandro falou sobre os projetos-piloto que estão sendo desenvolvidos no Paraná: um deles, o MDL para suinocultura, executado na Copagril, em Marechal Cândido Rondon, envol-vendo 18 produtores de suínos que possuem rebanho de 100 a 200 cabeças, onde todo o esterco é direcionado para bacias anaeróbicas, deixando de emitir 7870 toneladas de CO2 na atmosfera. Também apresentou dados do MDL Florestal, desenvolvido com associados das cooperativas C.Vale, de Palotina, e Copacol, de Cafe-lândia, desde agosto de 2008, em parceria com a Ocepar e Embaixada Britânica. O MDL Florestal é um pro-grama destinado a englobar toda a área de Mata Atlântica do país, que envolve 17 estados brasileiros, cobrin-do uma área onde está 62% da população brasileira e mais de 50% das cooperativas. O resultado esperado é a recuperação das áreas degradas na Mata Atlântica, pretendendo chegar a 17 hectares por meio do projeto pro-gramático. (Fonte: Ocepar)

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