Para discutir o futuro, cooperativas agropecuárias de SC se reúnem em Chapecó nesta sexta-feira
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) reúne as cooperativas agropecuárias nesta sexta-feira, dia 7, às 9 horas da manhã, no auditório da Coopercentral Aurora, em Chapecó, em seminário preparatório ao Congresso Brasileiro de Cooperativismo.
O seminário será coordenado pelo presidente da Ocesc, Marcos Antonio Zordan e pelo superintendente Geci Pungan e discutirá quatro temas: diretrizes e horizontes da relação política e institucional do sistema cooperativista; a sustentabilidade do sistema e da representação política do cooperativismo; o futuro e os novos modelos de gestão das organizações cooperativistas e a competitividade das cooperativas.
Zordan realça que é essencial ouvir as cooperativas, através de seus dirigentes, para que se obtenha como resultado as propostas em relação a cada tema. Os trabalhos serão acompanhados pelo assessor da presidência da OCB, Mauricio Landi, e pelo coordenador geral do XIII Congresso Brasileiro de Cooperativismo, Gabriel Pesce.
O congresso discutirá o cooperativismo em função da sustentabilidade, possibilitando ao sistema OCB o desafio da inovação, por meio de ampla mobilização com participação ativa dos associados das cooperativas registradas na OCB e de suas organizações das cooperativas nos estados e no Distrito Federal.
O nível de atividade das cooperativas cresceu exemplarmente nos últimos anos – aumento de 207% de 1990 para 2008 em número de cooperativas - gerando novas expectativas e demandas sobre seu sistema de representação. Essa expansão, associada à necessidade de ordenamento das prioridades, superação de desafios, conquista de posições e apresentação de resultados, levou a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a programar a realização do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo.
O presidente da Ocesc mostra que há uma série de questões que preocupam os cooperativistas brasileiros, como o risco de quebra da unicidade, a imagem pouco precisa do cooperativismo perante a sociedade e o governo e risco de alteração desfavorável das leis relacionadas ao cooperativismo.
Marcos Zordan aponta outras preocupações que também estão na pauta, como o cenário econômico mundial e aumento da carga tributária, o risco de redução de espaço de interlocução com o governo, o risco da perda da representação sindical, impossibilitando a estruturação de um sistema sindical cooperativo, a ampliação (de modo desarticulado e pouco integrado) das representações associativistas e a heterogeneidade do cooperativismo.