Parlamentares da Frencoop destacam papel do cooperativismo na COP29
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Movimento mostrou seu protagonismo na preservação ambiental e produção sustentável
O cooperativismo brasileiro ganhou destaque na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro. Durante o evento, que reuniu representantes de 200 países, parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) enfatizaram a contribuição estratégica das cooperativas brasileiras no enfrentamento das mudanças climáticas.
O décimo dia de conferência, na quarta-feira (20), foi dedicado a agricultura e reforçou a importância do cooperativismo para o alcance da segurança alimentar. Presente no evento, o presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), destacou o protagonismo do setor tanto no segmento como nos debates climáticos. “Participar da COP29 foi um momento significativo para o cooperativismo brasileiro. Foi um orgulho ver o movimento participar ativamente deste momento, em que governo, instituições e, empresas se somam no esforço para combater os gases de efeito estufa, as mudanças climáticas, e tornar a sustentabilidade um princípio incorporado à forma de produzir e à forma de consumir”, afirmou.
O deputado também ressaltou o pioneirismo do cooperativismo no tema. “Nosso modelo de negócios teve um papel fundamental quando a Aliança Cooperativista Internacional, a ACI, há anos, trouxe o princípio da sustentabilidade, mesmo em uma época em que conceitos como o da economia circular, por exemplo, eram pouco conhecidos. No Brasil, o Sistema OCB tem sido essencial ao traduzir essa visão em práticas concretas dentro das cooperativas”, acrescentou.
Para o parlamentar, o compromisso do movimento com a sustentabilidade é evidente. “Por isso, como presidente da Frencoop, fiz questão de mostrar, durante minha participação na COP29, que o cooperativismo brasileiro está totalmente engajado na busca de soluções que contribuam para a mitigação das ações dos efeitos climáticos aliadas à uma produção responsável. Isso ficou evidente nos painéis apresentado e continuaremos trabalhando para que ele seja cada vez mais reconhecido como protagonista na construção de um futuro verde”, concluiu.
O deputado Zé Vitor (MG) complementou Arnaldo ao afirmar que o cooperativismo é mais do que um simples modelo de negócios. Ele declarou que “as cooperativas transferem tecnologia, oferecem assistência técnica e acesso a recursos financeiros para produtores e empreendedores de diversas regiões de forma sistêmica. “Por isso, considero que a COP30, que será realizada no Brasil, será uma grande vitrine para mostrar nosso país como potência agroambiental. Lideramos ações de mitigação dos efeitos climáticos e de segurança alimentar e, em 2025, poderemos comprovar isso ao mundo”.
Já o deputado Alceu Moreira (RS) ressaltou que as cooperativas mudaram a fisionomia da produção brasileira. “Na cooperativa, o pequeno vira grande produtor. É uma cooperativa de extensão rural, de assistência técnica e com capacidade de viabilizar crédito. Elas são um exemplo de cooperação absoluta e crescerão ainda mais”.
O deputado Pedro Lupion (PP-PR) também reforçou a importância do cooperativismo em eventos globais como a COP29. “Eu sou um defensor do movimento. Sou cooperado e sei da responsabilidade e da força que as cooperativas têm na produção agropecuária. Por isso a relevância de estar presente na COP e mostrar suas ações socioambientais e de combate às mudanças climáticas.”
“É fundamental essa participação na COP29, como oportunidade para mostrar a diversidade e a sustentabilidade da agricultura brasileira, em especial com a contribuição das cooperativas que atuam para a manutenção das florestas e o desenvolvimento de boas práticas responsáveis”, disse a deputada Marussa Boldrin (GO).
O deputado Zé Silva (MG), por sua vez, considerou que o cooperativismo é um pilar essencial para superar os desafios globais a partir da produção de alimentos e riquezas, preservando, ao mesmo tempo, o meio ambiente. “A presença do cooperativismo na COP29 foi essencial nos debates, especialmente no que diz respeito às finanças verdes”.
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