Plano estratégico para Sistema OCB é apresentado em fórum na Ocepar

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Com uma visão estratégica, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, falou sobre ações estruturantes para o cooperativismo brasileiro durante o “Fórum dos presidentes das cooperativas do Paraná”, nesta terça-feira (6/10), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba (PR). “A partir de um retrato do setor cooperativista e de suas necessidades, foi elaborado um planejamento estratégico para o Sistema que tem início ainda este ano e vai até 2013”, disse. Em sua palestra, Freitas tratou das principais ações previstas para o período. O encontro, que começou nesta segunda-feira (5/10), é uma iniciativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). 

O líder cooperativista começou sua palestra lembrando que há oito anos iniciou sua gestão como presidente da Organização preocupado em instituir um trabalho baseado em uma visão estratégica. O primeiro planejamento foi formatado em 2002. "Houve uma revisão em 2005, o processo evoluiu e estabelecemos a base do nosso trabalho no final de 2008, quando chegamos a um planejamento mais definitivo, com uma equipe mais estruturada e com ações para serem desenvolvidas a médio prazo", afirmou o presidente da OCB.

Governança - De acordo com o presidente da OCB, o primeiro passo para a execução dessa linha de ação foi implantar um modelo de governança adequado para um processo de representatividade legítimo e que desse sustentação às ações da Organização. "O Paraná desenvolve um trabalho que tem servido de referência para as demais Organizações Estaduais e para a OCB e, mais uma vez nós nos utilizamos do modelo do Paraná e também de outros estados para instituir um modelo de governança", frisou.

Freitas explicou que a assembléia geral é realizada com representantes das 27 organizações estaduais e que o conselho administrativo é formado por dois representantes de cada região, eleitos pelas próprias regiões. Também foram constituídos o Conselho de ética e os Conselhos Especializados dos ramos para cada atividade econômica. "Cada conselho possui representantes indicados pelas organizações estaduais e faz sua agenda. É uma atividade importantíssima. O segundo passo é promover o fortalecimento desses conselhos nos Estados, incentivando cada um deles a se organizar nesse processo de representatividade". Freitas destacou ainda que nos cinco principais ramos do cooperativismo os conselhos especializados já estão constituídos: saúde, crédito, trabalho, infraestrutura e agropecuário.

Projeto - A partir dessas mudanças, a Organização traçou uma estratégia de trabalho com a preocupação de atender às necessidades das cooperativas. Um projeto para o período 2009-2013 foi aprovado em assembléia no último mês de abril. Freitas explicou que as ações foram delineadas a partir de pesquisas realizadas com a participação de público externo (como ministros da Agricultura e da Fazenda), público interno (envolvendo todas as Organizações Estaduais) e entrevistas pela internet. As informações foram consolidadas e o Conselho de Administração elegeu as prioridades e orçamento para execução do projeto. "Em relação às OCEs (Organizações Estaduais das Cooperativas), cooperativas, cooperados e sociedade, foi definido que é necessário ampliar a visão empreendedora nas OCEs, cooperativas e cooperados. Também precisamos promover o fortalecimento econômico e social das cooperativas. O setor cooperativista representa 6% do PIB brasileiro. Precisamos ampliar isso", ressaltou o dirigente.

Competividade - Ainda de acordo com ele, é necessário incrementar a competitividade das cooperativas. "Não somente na questão tributária. O maior ganho é formar uma rede, com mesmos princípios e valores. A intercooperação entre as cooperativas não é ideologia. É uma questão econômica", completou. Na avaliação de Freitas, o grande desafio hoje é aumentar a renda dos cooperados. "No ramo agropecuário isso é muito evidente, mas é preciso cuidar disso nos outros ramos também", acrescentou. Outro item ressaltado foi a promoção do fortalecimento das Organizações Estaduais. "Aqui no Paraná é chover no molhado, mas em outras regiões do País nós temos que ajuda-los a se estruturarem, se organizarem e se posicionarem diante da sociedade. Temos que trabalhar pra mostrar o aspecto positivo das cooperativas e a nossa força institucional", disse.

Agenda - Márcio Lopes de Freitas também afirmou que a OCB tem atuado no sentido de inserir o cooperativismo na agenda de desenvolvimento do país. "Estamos fazendo um trabalho forte nesse sentido, inclusive com a participação no Conselho de Desenvolvimento do governo Lula", ressaltou. Disse ainda que uma equipe técnica acompanha o andamento de todos os projetos de interesse em tramitaç&a"

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