PLP 100/2011 pode ser votado ainda neste ano

Brasília (14/6/17) – Atualmente, um dos principais pleitos do movimento cooperativista, no âmbito do Congresso Nacional, está relacionado às cooperativas de crédito. Trata-se do PLP nº 100/2011, cujo escopo possibilita a prefeituras e a outros entes públicos municipais o depósito de suas disponibilidades de caixa em bancos cooperativos. A matéria é um dos itens da Agenda Institucional do Cooperativismo 2017.

O autor do projeto, deputado federal Domingos Sávio, integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) diz que tem pressa em ver a matéria deliberada por seus colegas parlamentares e que essa aprovação vai gerar um desenvolvimento incontestável nos municípios brasileiros.

Muitas vezes, a prefeitura tem de ir à cidade vizinha para fazer os seus pagamentos a servidores, a fornecedores, porque não pode operar com a instituição financeira presente no município. Portanto, o PLP 100/2001, de minha autoria, vai garantir o acesso dos órgãos públicos às cooperativas. Ganham todos: as cooperativas de crédito e, ainda, a população, os servidores públicos, os cidadãos, que vão pagar seus impostos e realizar todas as operações que envolvem um banco, na própria cidade, movimentando a economia local.

Confira a entrevista!

Qual é a importância do PLP 100/2011 para o desenvolvimento local dos municípios brasileiros? E para as cooperativas?

O cooperativismo de credito já comprovou a sua importância para o Brasil inteiro, porque é, hoje, uma das principais instituições financeiras a democratizar o acesso ao crédito.

O cooperativismo de crédito, tanto rural, quanto urbano, ligado a diversos segmentos, está presente em milhares de cidades e, em mais de 500 delas, é a única instituição financeira presente. Elas chegam onde os bancos públicos e privados não querem ir. Por isso acho que é um absurdo que as prefeituras e outros órgãos sejam proibidos de operar com cooperativas de crédito.

Muitas vezes, a prefeitura tem de ir à cidade vizinha para fazer os seus pagamentos a servidores, a fornecedores, porque não pode operar com a instituição financeira presente no município. Portanto, o PLP 100/2001, de minha autoria, vai garantir esse acesso dos órgãos públicos às cooperativas de crédito.

Ganham todos: as cooperativas de crédito, que vão ter a possibilidade de movimentar com recursos fortalecem ainda mais sua carteira; e, ainda, a população, os servidores públicos, os cidadãos, que vão pagar seus impostos e realizar todas as operações que envolvem um banco, na própria cidade, movimentando a economia local. Enfim, é um projeto que beneficia todo mundo.

Qual é a previsão de aprovação da matéria no plenário na Câmara dos Deputados?

Já conversei com o presidente da Casa e só não estamos trabalhando para votar esta semana por causa do feriado de Corpus Christi. Quero ter a segurança de colocar o projeto em votação em dia de quórum elevado, com mais de 450 deputados presentes. Espero que até o final do mês de junho possamos votar. Mas seguramente não vou abrir mão de concluirmos sua votação até o final desse semestre, antes do recesso de julho.

Atualmente as cooperativas de crédito já ultrapassam os nove milhões de cooperados. De que formas o segmento pode assumir maior protagonismo no mercado financeiro nacional?

Veja, é muito importante dizer que as cooperativas, de forma geral, são empresas que precisam dar resultado para seus acionistas, no caso, seus cooperados, afinal, o objetivo do cooperativismo é promover uma melhor qualidade de vida às pessoas. No caso das cooperativas de crédito, ao poderem operar com as instituições públicas, elas ampliam seu poder de atuação, contemplando um maior número de pessoas. Isso fará com que a oferta de serviços e produtos financeiros de qualidade sejam igualmente ampliada. De novo, eu digo: ganha todo mundo.

Eu diria também que nós devemos sempre fortalecer a imagem do cooperativismo, tendo em vista que ele é forte, sério e tem muita credibilidade. Por isso, defendo que ao assegurar que as cooperativas de crédito recebam e gerenciem depósitos de instituições do Poder Público, demonstra o reconhecimento da maturidade profissional e de absoluta credibilidade em que se encontra o cooperativismo de crédito, atualmente.

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