Políticas nacionais para o cooperativismo chamam atenção dos países do Mercosul

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As políticas públicas de incentivo ao cooperativismo chamaram a atenção de dirigentes de cooperativas do Paraguai, Uruguai e Argentina, que estiveram presentes no auditório da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), nesta quarta-feira (7/7), para conhecer o cooperativismo agropecuário do Brasil. Ruth Páez, da Coordenadoria de Empresas Associativa e Rurais dos Estados, instituição com sede no Paraguai, conheceu um pouco do cooperativismo brasileiro e ficou encantada com o apoio do governo para o setor. "Percebemos que existe fomento, promoção e definição das políticas públicas para vários ramos do cooperativismo".

Da mesma opinião compactuam as representantes do Uruguai e Argentina, respectivamente, Virginia San Martin, da Cooperativa Agrária Federal, e Julia Massigoge, da Cooperativa de Obras e Serviços Sociais e Públicos El éticos da Argentina. Elas fazem parte de um grupo que participa da quarta etapa do Espaço Mercosul de Formação em Economia Social e Solidária (EMFESS) com ênfase em cooperativas. A intenção é formar grupos interessados no desenvolvimento, integração e fortalecimento das cooperativas do Mercosul.

Hoje (7/6) pela manhã, a comitiva foi recebida pelos secretários executivo da OCB, Renato Nobile, e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Portocarrero, e pelo diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop) do Mapa, Daniel Amin Ferraz. Joana Nogueira, assessora Internacional da OCB, falou sobre o trabalho desenvolvido pelas 1.615 cooperativas agropecuárias brasileiras. Ela destacou as vendas diretas do setor ao exterior que, em 2009, somaram US$ 3,63 bilhões, e citou os países que mais compraram produtos cooperativistas - Alemanha, China, Países Baixos, Emirados Árabes e Índia.

Portocarrero e Amim  falaram das atividades do Mapa para o desenvolvimento do setor cooperativista.  No Brasil, o ministério é a instituição do governo federal responsável pela difusão dos valores do cooperativismo , fundamentais para a economia do País. Segundo eles, a atuação do órgão abrange políticas públicas para os 13 ramos do cooperativismo, não se restringindo ao setor agropecuário. As ações do governo federal, em cada ramo do segmento, incluem desde a qualificação da mão-de-obra até a melhoria do processo de gestão das cooperativas.
Para promover uma aproximação ainda mais intensa entre as cooperativas brasileiras e do Paraguai, Uruguai e Argentina, Daniel Amin informou que está em fase de implantação a Oficina de Negócios por meio da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), com o apoio da Agencia de Espanhola de Cooperação e Desenvolvimento. "Queremos aproximar as cooperativas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai  para que possamos fazer um levantamento de dados que facilite o fluxo de informação nas negociações dos produtos de cooperativas. Segundo ele, em julho ocorrerá a inauguração da oficina sede, que será no Brasil, no Denacoop. Também já estão previstos escritórios nos outros três países. Amin disse ainda que o Mercosul é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil nas exportações.

Clique aqui e ouça as entrevistas que Daniel Amin e três representantes de cooperativas do Mercosul concederam à RádioCoop

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