Presidenciáveis apresentam propostas para o agronegócio durante o 13º Congresso da Abag
São Paulo (5/8) – O setor do agronegócio conheceu nesta segunda, dia 4, as propostas dos três principais candidatos à Presidência da República para o setor. Os projetos para o agronegócio brasileiro foram apresentados durante o Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado em São Paulo.
O candidato do PSDB, Aécio Neves, foi o primeiro a expor seu programa. Em vídeo exibido no evento, ele disse que buscará fortalecer o Ministério da Agricultura, estreitando os laços com a pasta da Fazenda e com a área orçamentária. Ele afirmou que o órgão será comandado por gente do setor rural.
O tucano também disse que fará uma reforma tributária que combata o chamado “Custo Brasil”. Depois, ele defendeu uma segurança jurídica para quem produz e se comprometeu a aprovar uma nova lei do cooperativismo. Por fim, disse que acordos comerciais estão na agenda prioritária de seu governo, caso seja eleito.
As propostas de Eduardo Campos, candidato do PSB, foram apresentadas pelo coordenador de seu plano de governo, o deputado federal Maurício Rands (PSB-PE). Ele citou a necessidade do Brasil de acelerar a busca pelo protagonismo no agronegócio.
Rands afirmou que é preciso incentivar o desenvolvimento do Mercosul, mas de forma que seja possível celebrar acordos com outros blocos regionais. O representante de Campos também criticou o alto custo do transporte e disse que o objetivo, caso Eduardo Campos seja eleito, é fazer uma melhor gestão na infraestrutura.
Assim como Aécio Neves, o deputado federal reforçou que é preciso reduzir o número de ministérios e garantir mais segurança jurídica ao agronegócio. Ele reforçou que a candidatura de Eduardo Campos com a ex-ministra Marina Silva será aberta ao diálogo.
A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, foi representada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Ele começou sua fala dizendo que prestaria conta das ações já realizadas pelo governo. Temer falou que o primeiro exemplo vinha do governo do ex-presidente Lula, já que o governo Dilma é uma continuidade.
Entre as realizações do governo para o setor, o vice-presidente disse que, no período, a segurança jurídica foi conquistada e que uma comissão para discutir o Código Florestal foi criada. Terminou a participação dizendo que o governo sabe que o agronegócio é importante para a economia brasileira.
Também durante o Congresso da Abag, foi lançado um plano de governo elaborado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, juntamente com a sua equipe do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A proposta foi baseada em cinco pilares: competitividade, desenvolvimento sustentável, governança institucional, segurança jurídica e orientações de mercado.
“A estratégia do agronegócio deve ser do presidente da República, tendo como gerente o ministro da Agricultura. Falta planejamento comum do governo na agropecuária”, diz Rodrigues.
Após a apresentação dos candidatos e do plano de governo, foi realizado um debate entre os representantes dos três candidatos à Presidência mais bem posicionados nas pesquisas de opinião. Dessa vez, o ex-deputado federal Odacir Klein representou Dilma Rousseff; o engenheiro agrônomo Xico Graziano falou por Aécio Neves; e Maurício Rans, novamente, representou Eduardo Campos. (Fonte: Rural BR Agricultura)